Cada maternidade tem suas peculiaridades, seus encantos, seus apertos. Cada mãe é única na forma de educar e amar! E tenho certeza, todas antes de se tornarem mães, carregavam uma vida muito diferente. Não pensavam em deixar de comer isso ou aquilo, não pensavam que aquele serzinho inocente e puro viraria sua cabeça e coração, não sabiam que chorariam mais depois de ser mãe.
Eu por exemplo tinha um pensamento: “claro que vou continuar no mercado de trabalho se um dia for mãe, trabalhei minha vida toda e é preciso continuar mesmo tendo filhos.” Hoje vejo que não era bem assim. Estar perto da Maria foi minha escolha e digo, uma escolha feliz! 

Maternidade é renovação, é aprendizado, é embrenhar-se com toda 

alma nos caminhos indefinidos do entendimento maternal. 

_Teresinha Nolasco

1 – Aprendi a Dizer Não ao meu filho!

Quando um filho nasce as emoções tomam conta desenfreadamente da vida da gente. Você ama seu bebê sem limites de sentimentos e esse amor aumenta a cada dia junto com seu crescimento. E o amor não limita em só abraçar, beijar, cuidar e dizer sim a tudo que a criança deseja. Esse amor se mostra grande quando você tem que dizer Não como forma de educá-lo e torná-lo um ser humano melhor. Esses Nãos muitas vezes doem, não apenas na criança, mas na mãe também, que apesar dessa dor, sabe que é preciso ser firme. 

2 – Aprendi que É Preciso Mudar em muitas áreas da vida.

Não assistir novelas, não comer biscoito recheado, não tomar refrigerante. Ter regras necessárias, não deixar faltar frutas e legumes em casa, entrar no mundo da imaginação com desenhos, filmes e brinquedos, tudo isso aprendi depois de ser mãe. O exemplo é o melhor ensinamento para os filhos e vemos isso o tempo todo. Maria está com 8 anos e não cresceu assistindo novelas porque decidimos que não seria interessante em questão de valores. Não se entope de guloseimas porque prezamos sua saúde e queremos vê-la é brincar saudável. Incentivamos verduras e frutas, brincamos e assistimos filmes juntos para que a cumplicidade aumente a cada dia. Temos regras necessárias, muitas regras. Posso dizer que as mudanças são primordiais ao desenvolvimento dela e de quebra fizeram muito bem à minha vida.

3 – Aprendi que Bater é agressão
Dizem que um tapinha só não dói. Poderia até pensar isso antes de ser mãe, ou mesmo ser indiferente a essas atitudes. Hoje sei que um tapinha dói. Dói em uma mãe e dói muito no filho. Não apenas fisicamente, mas dói na alma, no coração da criança, dói para ela que não sabe porque tem que ser castigada dessa maneira por ter feito algo errado. Em sua cabecinha a contradição: se ela me ama, porque me bate? Depois de ser mãe, a gente aprende que o amor renovado todos os dias – mesmo com as birras e desobediências – vale muito mais, que o diálogo acalma, edifica e transforma, que o retorno emocional para a criança e para a própria mãe quando mostra ternura em educar, é muito mais satisfatório do que uma atitude impensada de calá-lo com um tapa. Aprendi que depois de ser mãe, quero “calar” minha filha numa conversa, num abraço, num ensinamento mais firme, em meu colo.
4 – Aprendi que Ser Autêntica é necessário
A maternidade não tem o certo e errado. Tem coerências, sabedorias, tem discernimento pra isso ou aquilo. Nem sempre o que é benéfico para meu filho, será para o filho de outra mãe. Nem todo comportamento de uma criança que uma mãe julga ser certo, será certo para outra mãe. Cada uma tem uma maneira de educar, cada uma sabe do que o filho gosta, cada mãe sabe o que é melhor para seu filho, não para o filho do outro. 
Maria não toma refrigerante, não acho que é uma bebida saudável e apropriada para uma criança (e para ninguém), mas se outra criança tem o costume de tomar, são particularidades daquela criança ou família. Nós sempre levávamos um copo de suco para as festas de aniversário. Aprendi que depois de ser mãe preciso ser autêntica, saber o que quero e me manter firme nisso e assim ser mais positiva e leve em relação à minha maternidade.
5 – Aprendi que Colo de Mãe é eterno!
Nunca saberemos a importância do colo de uma mãe antes de sermos uma. O colo de mãe é aconchego, é acolhimento, é segurança. Um colo circunda em momentos de ternura e é grande alento em dias de aflição. Maria não hexita em pedi-lo e envolvida nele, vez ou outra lembra que sempre vai querer estar ali. Não tem nada melhor pra uma mãe do que ouvir isso e não há hora de ofertá-lo. Seja atarefada ou tranquila, o colo é certeiro para as aflições ou carinho de um filho. Uma mãe quer dar colo eterno, que ajudar e acolher constantemente. Aprendi na maternidade muitas coisas sobre aconchego, muito sobre carinho, muito sobre dar e receber, mas aprendi vigorosamente, que colo de mãe é pra sempre! 

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Cada mãe é um ser especial, que aprende todos os dias na maternidade. Que erra e acerta, que se redescobre todos os dias cuidando e aprendendo com seu filho. Cada mãe é singular em suas escolhas que podem não ser as mais acertadas, mas que serão sempre conduzidas de muito amor e de muita vontade de aprender! 

Sendo assim o aprendizado é constante e todas tem uma história para contar. Eu aprendi muitas coisas depois de ser mãe e acho que as mudanças engrandeceram minha vida! 🙂

E você, o que aprendeu depois de ser mãe?