Desde que Maria nasceu até hoje, carregamos sua cadeirinha de carro, por onde vamos. Quando neném, usava o bebê conforto e hoje pela idade usa o banco de elevação.
Ainda não temos carro, e durante todos esses anos que viajamos de ônibus, levamos sempre o assento embalado no bagageiro. Teve época de comprarmos o assento da Maria para fixar o cinto a cadeirinha ali.
Quando chegamos a determinado local, ou mesmo em nossa cidade, se precisamos do serviço de táxi, lá vamos nós com o assento, para que Maria se acomode nele – dentro do táxi, claro.
Pois bem. Chegando de viagem para nossa casa, paramos na rodoviária, e desembalamos o assento. A motorista do táxi, guardou nossa bagagem e assim, fomos depois, determinar o local de colocá-lo no banco de trás.
Qual foi nossa surpresa, quando ela, com um tom nada agradável, já disse que não precisava colocar o assento porque “aqui” não cobravam isso. O “não cobravam” era a fiscalização (que deveria cobrar). Tentando explicar, como fazemos com todos, que era por questões de segurança e não de fiscalização e que andamos com a cadeirinha ou assento desde que Maria nasceu, ela ainda insistiu dizendo:
– “Não minha filha, aqui não andamos com a intenção de bater o carro”.
Não acreditei no que ouvi.
Isso deveria ser uma coisa normal e rotineira para todos. E sempre agimos com a maior naturalidade possível quanto a isso. Infelizmente, por falta de pulso firme do governo, de desleixo ou por não se importarem realmente com a população – vai se saber – os motoristas de táxi não são obrigados a carregá-la em seus veículos. Afinal, não há espaço para transitar com esse “incômodo”. A “santa lei” não exige. Mas e daí? Se os outros carros precisam, obviamente, há uma necessidade técnica. E táxi é carro. Então pra mim deveria ser igual.
A cadeirinha ou o assento são medidas importantíssimas de segurança. Ponto.
Fiquei sem entender o comportamento da taxista.
Primeiro pela falta de respeito com o passageiro.
Segundo pela resistência, pois estávamos fazendo o que era correto. Já que a lei não existe para taxitas, nossa filha então, em primeiro lugar.
Nós é que dispendemos do dinheiro para tê-la e nós é que temos o trabalho de carregá-la pra cima e pra baixo. Um trabalho totalmente necessário.
Terceiro fiquei pasma dela pensar que “não anda com intenção de bater o carro”.
Mas claro. Quem anda com a intenção de bater? Sabemos que hoje em dia, com tanta imprudência no trânsito, temos que dirigir pra gente e para os outros. Ela pode não bater, mas vem um desavisado e pode sim bater no carro dela.
Agora pergunto: Qual a primeira pessoa que se lança em direção ao vidro dianteiro ou pra fora de uma janela numa velocidade de uma batida. Claro, a criança que está atrás, totalmente solta, sem segurança nenhuma. Pobrezinha.
E a falta de respeito não parou por aí. Me vendo acuada e constrangida, Cris (meu marido) não teve outra reação a não ser perguntar se ela queria que pegássemos outro táxi.
Ela não exitou. Retirou nossas malas do carro e colocou na calçada. Virou as costas e saiu com outro passageiro.
Meu Deus. É por isso que esse mundo anda assim, de cabeça para baixo, pela ignorância das pessoas.
É de se admirar que uma motorista de táxi não carregue em sua conduta de trabalho, noções de segurança. Mesmo que a lei não exija tal procedimento para eles. E o bom senso?
É de se admirar que precisemos explicar que carregamos a cadeirinha por causa da vida da nossa filha.
É de se admirar, quando vejo tantas crianças soltas no carro, com a cara no vidro, indo para a escolinha todos os dias, num trânsito louco e conturbado. E os pais protegidos com seu cinto.
Será por preguiça de ajeitar a criança na cadeirinha ou cinto?
Ou será que como ela, também alegam que “é pertinho”. Nada vai acontecer.
Faça-me o favor. Fatalidades não escolhem metros de distância nem lugar. Elas acontecem a toda hora, seja perto das nossas casas, ou fora do nosso pais. Não importa.
Por isso é que digo. O mundo deveria ler mais, se informar mais. Se refinar mais. Se sensibilizar mais através da leitura e informação.
Mas ler e discernir o que se está lendo. Não é deixar entrar em um ouvido e sair no outro. Não importa se é uma Bíblia, um auto-ajuda, um jornal, um best seller.
Há tanta campanha para tudo nessa vida. Por que nem tudo é respeitado ou dá certo?
Porque o ser humano não quer abrir a cabeça para entender, para mudar, para viver melhor com todo mundo, pra se sensibilizar e pensar no próximo. Deixar de ser ignorante, bronco e viver a mudança plenamente.
Tenho certeza. O mundo seria diferente.
Bom… vou fazendo minha parte. Eu quero viver melhor!
Informação
Fonte imagem: Prefeitura Municipal de São Luis
Izabel Pariz
jul 22, 2012 @ 21:34:23
Com certeza, ficou um pouco dessa mágoa no coração por ter passado por essa situação tão chata e desnecessária, né? E não é pra menos! Onde já se viu tanta ignorância? Vocês, pais, é que devem escolher o melhor para sua filha e para vocês… é triste a intolerância das pessoas. Tenho pavor dessa sociedade que não aceita certas mudanças. Mudanças de segurança, comportamento, tendências, tradições. Mas façam sempre o que acharem melhor, sem ter que ouvir a terceiros, que não tem nada com a vida familiar de vocês.
Cris Lopes
jul 22, 2012 @ 23:24:41
Pois é Bel.. Fica a mágoa mesmo. Algo engasgado de indignação. Como disse ali em cima na imagem. Custa ser gentil?
Acho que a pessoa não perde nada com isso. ao contrário, só ganha.
As pessoas deveriam se abrir mais umas para as outras com leveza. E tentar assim fazer o que é certo… É tão fácil…
Aqui… vamos tentando….
Beijos…some não…rs
Teresinha
jul 23, 2012 @ 00:40:38
Quem escreveu aí Bel fui eu (Teresinha).. saiu com e-mail do Cris..rs
Beijoss
Marília
jul 23, 2012 @ 14:25:38
Olha, eu acho um total absurdo tudo isso. Além da falta de gentileza de alguém que, como vc disse, presta serviços e, portanto, depende do dinheiro de clientes, essa questão da segurança em automóveis ainda deixa muito a desejar.
Na teoria, estamos todos bem, amparados por uma lei que garante que temos, SIM, que usar cinto de segurança na frente e atrás, além da cadeirinha do bebê. Mas tanta gente ignora isso. No nosso carro, sempre pedimos para os passageiros usarem o cinto, e minha família (que não tem carro) sempre reclama. Eu fico incomodada, mas peço mesmo. Afinal, se o carro bater e eles forem atirados para fora, o impacto do peso de quem é lançado para frente pode matar quem está nos bancos dianteiros. Já pensou, eu e meu marido morrermos ou nos ferirmos gravemente porque alguém não quis usar cinto? Não dá, né?
E quer coisa mais normal do que ver criança solta no banco de trás? Não cuida bem dos próprios filhos e depois reclama se acontecer alguma coisa.
Nossa, desculpe pelo desabafo, mas sempre me irrito com isso.
Cris Guimarães
jul 23, 2012 @ 17:12:22
Gente, que situação absurda!!! Pois eu exigiria que ela me levasse desse jeito, sob pena de chamar a polícia, já que taxista (isso sim, por lei), não pode recusar passageiro já embarcado.
Teresinha
jul 23, 2012 @ 23:11:57
Pois é Marília… mas como eu disse… a lei não inclui os taxitas, infelizmente.. por isso a confusão…
É uma absurdo. Toda vez que pedimos o cinto (pq a maioria das vezes ele está pra dentro do banco), eles dizem que não tem problema quanto a fiscalização. E eu lá tô ligando se ele vai tomar multa ou não? Zelo por minha segurança…
E você está certíssima.. a gente tem que ser radical mesmo. Tem que colocar o cinto no carro… as vezes precisamos ser egoístas. E já que não pensam neles se o carro bater, pensem vocês. Pode sim, se acontecer um acidente eles irem em cima do motorista e passageiro..
E não se preocupe com o desabafo. É de desabafar mesmo. Eu fiz isso aí em cima…
Obrigada Marília.. um beijo querida…
Teresinha
jul 23, 2012 @ 23:14:02
Pois é Cris… A gente ficou tão constrangido que faltou reação… FIcamos olhando um pro outro. Nunca aconteceu isso durante esses quase 6 anos de Maria..
Penso que na frente ela vai se deparar com alguém que não vai deixar barato… É fogo…
Obrigada pela visita.. Volte sempre viu?BEIjos…