Coisa ruim, que tira a gente de prumo é ver o filho doente… Seja com uma simples febre ou com algo mais grave. A gente fica atormentado e sem lugar. 
“Engraçado” que criança “deixa” para passar mal aos fins de semana. E como ninguém gosta de surpresas desagradáveis, começa-se a correria pra encontrar o pediatra em plena sexta-feira. Tenho dado sorte, mas nem sempre é assim. E com a correria pós-medico, vem os gastos, remédios e o pior, as preocupações.
Ontem Maria passou o dia assim, a madrugada e ainda se encontra febril. Dorzinha de cabeça ali, febre acolá, conjuntivite devido à bendita da rinite ou outra ite qualquer, já que está com dor de cabeça…. 
Colírio, descongestionante nasal, antitérmico.  E vamos nós levantando madrugada afora, acordando de 90 em 90 minutos pra acompanharmos a sua temperatura…Sistema de revezamento com mamãe e papai que ficam igual zumbis, mortos de sono e com a cabeça quente. 
E mesmo com sono, nos sentimos aliviados quando sua testinha está fresca. Ufa! Tomara que continue assim das outras 3 ou 4 vezes que medirmos a febre da  nossa batatinha quente…(é assim que papai a chama em seus momentos  de febre)… E assim vamos até amanhecer…
Água, banho morno, e muito aconchego fazem parte de todo esse conjunto de cuidados com a pequena, e vamos observando-a o dia inteiro nos tranquilizando cada vez que ouvimos seu riso e suas brincadeiras… Mesmo que uma brincadeira um pouco morna…
E então vem a pequena reclamona:

– Que chato que não fui à escola no dia do brinquedo

– Filha você estava passando mal, não ia ter disposição para brincar, correr..
– Que chato que não saímos hoje
– Como íamos sair com você assim?
– Que chato que não posso jogar no computador…
– Vai falar com o papai, se você não estiver com dor de cabeça joga um pouquinho com ele, mas só um pouquinho…

E depois de jogar voltou nossa paciente pra debaixo das cobertas:

– Que bom que eu pude jogar hoje…

Apesar de termos que chamar sua atenção várias vezes ao dia, de ficarmos bravos com certas desobediências, de fazermos vários discursos de pode isso e não pode aquilo; é pulando, fazendo estripulias, pirraça, tagarelando o tempo todo, lendo tudo que vê, cantando (amo ouvi-la) e nos interrompendo várias vezes em nossas inacabadas conversas, é que gostamos de vê-la. Tudo isso é saúde…

E é com essa energia saudável que a casa ganha vida… Cheinha de alegria, colorido infantil e muito amor…. 
E não se esqueça de trazer força e magia, 
o sonho, a fantasia, e a alegria de viver….
(Toquinho – Voa coração)