Quando bati o olho nos traços ainda inacabados da arte que Maria criava, me apaixonei! 
Sou fã número um dos seus desenhos. Valorizo cada traçado e colorido. Aprendi e aprendo a cada dia, a repeitar e engradecer cada forma e imaginação da pequena. 
Ainda estava em caneta. Mas o suficiente para mostrar como estava perfeito. Apesar de estar na fase de apenas trabalhar com o lápis, gosto muito quando ela risca seus desenhos com uma esferográfica. Ele fica bem definido, e quando joga a cor,  um contorno maravilhoso da caneta se revela.
Não resisti:
– Filha, que coisa mais linda. Como você está desenhando bem!
– É pra Cecília!
Que traços bonitos! Que imaginação doce e perfeita.
Pronto! Desejei sua mais nova criação. Que frustração! Ia perder o desenho.
– Gostei tanto! Queria pra mim. 
Mãe e suas chantagens. Ainda insisti em deixar pra coleguinha, já que ela tinha pensado nela. Mas não conseguia me ver sem ele.

D.Maricotinha não resiste quando me vê elogiando e com o coração sorrindo ao ver suas obras. Ganhei!

À Cecília peço desculpas pelo ímpeto materno. Pra ela, já foram muitos e muitos outros virão. Assim como pra mamãe também. Mas esse era especial e irá para uma moldura, para compor sua coleção de quadros na parede. 
Ver os filhos criando não tem preço; poder contemplar seus desenhos, sua criatividade e imaginação.
Seu mundo colorido, colore também o nosso.