Maria trocou as atividades de brinquedos hoje no shopping (aqueles que ficam em um cercadinho) para ir ao cinema. Viu o cartaz de “Valente” e ficou eufórica. 
– Mamãe, quero ir ao cinema 
– Podemos, mas então não teremos os brinquedos.
– Não quero brinquedos, quero ir ao cinema.
Ela se diverte muito nos brinquedos. Esquece da vida. Além de botar pra fora as energias e fazer bastante exercício subindo e descendo por tudo aquilo. E mamãe e papai podem ter um tempinho pra eles sozinhos. Mesmo que fiquem de olho na pequena. A mesa tem que ser de frente, claro. Não tem jeito. Pai e mãe não desligam totalmente.
Foi-se embora nosso momento. Mas apesar disso, achei uma troca justa. Tinham bons dias que não íamos ao cinema. 
É assim. Depois que Maria começou a assistir filmes no telão, a gente sempre fica de olho no próximo em cartaz, infantil, com certeza.

Fomos então nós três!

E foi uma surpresa grande. Entramos e recebemos óculos. Era filme em 3D. Não tínhamos lido no cartaz. 
– Filha, é em 3D, que legal!

É a primeira vez que tivemos esse privilégio. Ou melhor, já assistimos esses curtas em 6D, com duração de 5 minutos. Mas no cinema mesmo, com 90 minutos de filme, ainda não tínhamos visto. 

Inacreditável! Parece que as pessoas e as coisas vão pular em você. É essa impressão que a gente tem.

E começou a aventura já pelos trailers. Adoro trailers. São emocionantes, cheios de efeitos. Que bacana! Estava lá Maria toda prosa com seu “óculos abelha” no rosto. E a gente todo animado para sentir a emoção que com certeza viria. E quanta emoção!
Fiquei como criança que nunca tinha comido doce. Tirava e colocava os óculos toda hora, conferindo se realmente eles eram necessários. Claro que eram. E achava fantástico aquilo.
O filme girava em torno de uma jovem princesinha e arqueira, “Merida”, que não queria nem um pouquinho viver a vida como tal, muito menos se casar com filho de lorde, já imposto por sua mãe, a rainha. Ela dizia não estar preparada. Além disso, seus pensamentos eram bem diferentes de tudo aquilo.
O filme rola numa aventura deliciosa. E as imagens continuam querer pular na gente… que fantástico!
Valente, a princesa – encontra uma bruxa. Numa troca com ela, a jovem menina leva um doce enfeitiçado para casa e entrega para sua mãe. A esperança, era que, com o feitiço, a rainha mudasse seus pensamentos em relação ao casamento. Mas deu errado. E a mãe vira um urso. 
No desenrolar da aventura que vivem a princesa e sua mãe, tudo muda… 
Daí pra frente foi maravilhoso. Emoção, tensão e encantamento. Tudo num espetáculo mágico de cores e efeitos, vividos por trás de um simples par de óculos.
Valeu a tarde. Valeu a troca dos brinquedos pelo cinema. Que bom!
Recomendo então “Valente”.. ah e claro… muitos filmes em 3D.