Mais uma vez tivemos que nos ausentar da nossa cidade por urgência familiar. A cabeça só ficava no pai que estava hospitalizado. Graças a Deus hoje ele está em casa se recuperando. E que melhore cada cada vez mais. Mas era preciso estar aqui com ele e com todos.
Para essa ausência tivemos que deixar tudo pra trás. Minhas atividades diárias – que apesar de ruim, poderia compensá-las depois – e a escola de Maria mais uma vez, essa com mais pesar para nós e pra ela principalmente.

No final de abril – na primeira viagem de urgência – a pequena clamou saudades da escola, dos coleguinhas, de suas atividades. Foram quinze dias de ausência. E muitos deles, ela passou chorosa por estar longe de tudo. Criança não não consegue discernir as necessidades e quando é tirada de sua rotina acaba se sentindo perdida.
Na casa dos avós não temos praticamente crianças para que a Senhorinha possa interagir, o que torna mais difícil sua estadia por longo tempo. Com a ajuda da sua querida professora Carina que separou suas tarefas para o papai trazer, Maria pôde ficar mais perto da sua escola e não acumular tantos deveres. E assim, nossa professora fez de novo dessa vez, com os deveres de casa e carinhosos recadinhos dos coleguinhas. Empenho, dedicação e amizade de professora! :o)
Fizemos então diferente. Pensando em não deixá-la tão carente da escola e interação, matriculei Maria por duas semanas em uma escola local. Papai aprovou e achou excelente ideia.
Preparei tudo antes da chegada, me informei se poderiam acolhê-la e como seria todo o processo.

Colégio São Francisco Xavier

 Pronto. Maria teria uma escola provisória por duas semanas: Colégio São Francisco Xavier. Escola tradicional e de referência na cidade.

Não sei se a instituição já havia acolhido assim outras crianças – talvez – o fato é que aceitaram e ouviram meu apelo, assim, pude colocar em prática minha intenção.

Primeiro dia. Matrícula feita, horário acertado. Tudo pronto para que Maria começasse sua jornada de duas semanas com muito movimento. Para completar, teve até blusa de uniforme para que ela pudesse ficar mais próxima de tudo. A pequena vibrou!

E vai d.Maricotinha todos os dias com mochila, lancheira e sua vontade de conhecer a escola, os coleguinhas, a professora e todas as atividades. Tudo é novidade!
Valorizo escolas que tem uma boa didática e uma visão aberta que ampara uma criança e sua família em momentos de urgência e necessidade.
Do meu lado o esforço com tudo numa correria louca. Banho na Maricota, almoço e horário do táxi que chegava pontualmente. Aqui nada é perto como onde moramos, a correria então é inevitável. Pela tarde mais correria para providenciar pães de queijo quentinhos para a pequena que saia faminta.

Valeu a pena. Agora restou a alma tranquila e a consciência mais leve por permitir – na medida do possível – que nossa pequena tivesse seu espaço valorizado. Restou o aprendizado, o encontro com pessoas acolhedoras, a experiência.
Foi um esforço sim, mas que pai e mãe não se esforçam para ver seus filhos bem em todos os setores da vida?
Como disse minha prima Fabiane: 
– Amor de filha vale tudo. 
e logo respondi: 
– Com certeza, e amor de mãe faz tudo!
** Agradeço ao Colégio São Francisco Xavier – Ipatinga, por ter nos recebido gentilmente e acolhido com sabedoria e alegria nossa pequena Maria, acolhendo assim também nossa família.
Em especial à Stella por nos ter recebido amavelmente abrindo esse leque para que pudéssemos prosseguir com nosso objetivo de educar sempre.

À querida professora Gláucia: alegre, simpática que cuidadosamente reuniu as atividades de Maria em um caderno durante esses dias preciosos com eles.

Às simpáticas e carinhosas Keyla, tia Erika, Luciene e Josi, que estiverem próximas à Maria nesses dias e nos recebiam sempre com um sorriso.

Muito obrigada!
 

Querida tia Gláucia

Caderno de atividades de Maria durante sua passagem
pelo Colégio São Francisco Xavier.
Preparado carinhosamente por tia Gláucia.