|
Sim! E pelas minhas lembranças uma criança feliz! Que aproveitou muito bem a infância! Falei hoje com Maria que vira e mexe lembro de certas coisas… Acho que é a saudade…
A simplicidade da minha infância…
– A calçada no fundo do quintal que eu riscava amarelinha …
– As bolhinhas de sabão com os canudinhos de mamão do quintal que pai cortava pra gente..
– Os pedacinhos de cana picados na porta da cozinha…
– As maçãs cortadinhas na sala vendo jornal que mãe picava pra mim e meu irmão e que falávamos sempre: “Agora eu” (lembro-me especificamente de um dia com ela sentadinha na cadeira do lado do sofá)
– Dos tampões dos dedos do pé sempre arrancados depois de esfregá-los no chão…
– Da minha primeira bicicleta em 1977 e meu vizinho me ensinando a andar…
Se eu soubesse que ia amar as coisas antigas, tinha guardado minha primeira bicicleta….
– Do prato de almoço que mãe colocava e que eu levava pra minha amiga do lado para almoçar junto com ela…
– Dos natais na casa da minha vó Ester… Dos domingos de bingo, frango e guaraná também lá…
– Dos docinhos de leite com raspas de laranja e a doçura da minha vó Maria…
– Do colo do meu avô José Maria me ensinando Resta Um…
– Da minha tia Maria dos Prazeres tão querida que não teve filhos, mas que tinha todos os seus sobrinhos como tal… Gostava tanto de agradar a gente…
– Dela que foi professora, me ensinando equação do Segundo Grau quando eu me descabelava com a matéria aos 11 anos…
– Do copo de água com minha escova de dente que mãe levou um dia na cama pra eu escovar porque eu estava com a preguiça da infância…
– Da mãe chorando no chão e eu do lado dela porque meu irmão podou o pé de manga que ela adorava e ele morreu…
– Das brincadeiras de birosca (bola de gude) que meu irmão não deixava muito que eu brincasse junto com ele e seus amigos..
– Dos desfiles de moda que fazíamos na casa das vizinhas…
– Da ajuda da mãe com com pipoca e suco no teatro que fiz em casa e cobrei entrada *rs
– Das infindas brincadeiras com meus primos que eu amava tanto estar junto…
– Da despensa cheia de guloseimas da casa da tia Selma…
– Das missas com pai e mãe aos domingos…
– Das nossas viagens para o Espírito Santo todos os anos pra ver o mar..
– Da nossa “pracinha nova” com o escorregador com cheiro de xixi das crianças… E a gente nem se importava…
Eu e minha prima Karine no escorregador da Pracinha Nova. Todos os brinquedos eram de cimento. A crianças do bairro amavam! Naquela túnel ali atrás, era uma escada pra subir, vez ou outra cheirava mal porque crianças faziam xixi ali… A gente subia assim mesmo…
Vou parar porque as lembranças não acabam. Inundam sempre meu coração, minha alma e tomam conta da minha emoção…
Sim, eu já fui criança um dia, e meu maior desejo era voltar naquele tempo, como nos filmes que se volta ao passado e andamos por todas as cenas que vivemos…
Eu tinha um bonecão. Assim eu o chamava. Era de plástico bem fino e tinha apenas um shortinho vermelho. Eu adorava meu bonecão. Dormia todos os dias com ele. Os bracinhos estavam rachando e já não queriam se encaixar mais no corpo, mas eu não abandonava…
Assim deveríamos fazer com nossa infância, não abandoná-la… Segurá-la bem forte e com toda vontade pra ela não ir embora, assim como eu segurava meu bonecão… Mas ele se foi e a minha infância também…
Pés descalço, coisas de infância! Eu e meu bonecão
Nessa foto acima, muito antiga e sem grandes qualidades, o contrário do que são as câmeras de hoje, estamos eu e ele no meu quintal cheio de sonhos, cheio de pai e de mãe, cheio do meu único irmão e suas biroscas na calçada, das minhas bolhinhas de sabão que me faziam olhar pro céu e vê-las se perdendo no infinito…
Cheio de casas de vizinhos…
O meu quintal dos sonhos… da inocência… da melhor época da vida! E ele também se foi…
Me lembro o dia que tirei essa foto. Foi de um daqueles fotógrafos que passavam na porta de casa. Ele pediu para que eu fizesse de conta que eu ia arrancar uma flor… e eu arranquei mesmo.. Tive que fazer de novo *rs
Crescer é inevitável… Mas não um desejo…
Fica-se apenas a saudade da minha infância….
Por Teresinha Nolasco, Mãe da Maria!
♥ ♥ ♥
Queridas amigas Chica, Renata, Ana, Jú, Rosélia e Cris. Obrigada por todo esse tempo despendido nessas nossas quartas de BCs. Aprendi muito com todas vocês! ♥
Cris, muito obrigada pela parceria nesse tempo! ♥
Paramos um pouco.. Mas toda parada pode um dia ter seu retorno! Quem sabe?
Beijos doces no coração!
Tê 🙂
Blogagem Coletiva – Na casa da Vizinha
Nossas queridas mães que participaram hoje:Rosélia Bezerra – Blog Espiritual Amizade
Renata Diniz – Castelo Pleno
Chica – Chica Escreve por aí
Cris Philene – Prosa de Mãe
.
.
.
out 21, 2020 @ 08:50:48
Bom dia, Teresinha!
Uma descrição memorável, emocionante, portadora de lindas e preciosas memórias! Reconstrói a infância de todas nós, acredito. Me identifiquei, por exemplo, com o bonecão! Eu tinha um também!! Minha primeira bicicleta era amarelinha quase um bege e pular amarelinha eu também gostava bastante! rsrs
Infância combina com detalhes, mínimos detalhes de felicidade, vontade de ir em frente, mas considerando o que permanece para sempre! Muito linda a sua postagem!!
Um beijo e gratidão pelo tempo desta interação que nos fez tão bem e melhores!
Parabéns pelo trabalho!
Mais beijo!!
Renata e Laura
out 21, 2020 @ 13:03:11
Boa tarde de paz, querida amiga Tê e Maria!
Brincava de amarelinha e bambolê, adorava…
Não aprendi a andar de bicicleta, não me deixaram e eu era obediente.
As missas dominicais. As guloseimas da avó.
Lembro dos fotógrafos que vinham à porta.
Adorei seu vestidinho final super da moda na época. Primas tinham, as mais novas dez anos que eu.
Toda postagem muito delicada como convém à infância.
Quero também agradecer por ter encabeçado a BC e pena que acabou. Estava gostando tanto, querida
Tenha dias abençoados junto a infância da Maria!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem mais
out 21, 2020 @ 15:46:56
Renata, voltei e adorei te ler. Tive que rir, imaginando se tivéssemos guardado TUDO que passou por nossas vidas e agradou.rs… Não teria lugar em casa!! Lindas fotos, recordações. Muito legal! Pena o encerramento. Foi muito bom estar aqui. Foi uma bela BC e interações. Compartilhamos pedaços de vida…VALEU! beijos, tudo de bom, chica
out 21, 2020 @ 15:54:58
Ah amiga… que lindas recordações e com tantos detalhes… .ricos na lembrança e com certeza na saudade!
Foi inevitável crescer! Mas, saber que nos foi proporcionado tantos momentos como esses… É o que torna inesquecível e deixa muita, mais. Muita saudade!
Saber que nos em nossa infância fomos muito privilegiados por ter a rua como quintal!
Ter os primos juntos… a correr e aprontar!
Ter a casa dos nossos tios… ah!! Sempre tinha mais guloseimas porque era férias!! O que tornava inesquecível.
Saudades de tudo isso… dos nossos pais conosco!
E saudades desse papo gostoso de amigas… de lembranças de um tempo que não volta mais, mas, que deixou tantos ensinamentos.
Encerramos bonito! Cheio de vida e muitarecordações!
Amei nosso projeto, todo o tempo que durou… Eu que te agradeço pelos desafios e por topar sempre somar!
Amei demais!!
Bjs, Cris
out 21, 2020 @ 20:00:13
Boa noite Tê !
Lendo sua infância que sei de menina simples de interior das Minas Gerais, claro que identifiquei com sua história, até pela semelhança de nossas cidades no quadrilátero. Creio com diferença de década, tivemos a mais linda da infância, pois no interior naquela época criança podia ser criança e assim afirmo sempre como tempo de feliz idade. Menino leve, solto, livre pelas ruas de pedras ou mesmo de terra vermelha. Menino arrancado as pontas dos dedos, esfolando joelho, curando tudo com limão e o tal de Mertiolate que ardia como fornalha. Os brinquedos simples, o s brinquedos criativos e as brincadeira de interação, fez de nossa infância, uma fase de aprendizado muito rica e fica uma saudade muito grande, que a gente está sempre a colocar nos escritos. Mas eu consegui guardar desta faze uma espingarda de ar comprimido, que comprei no primeiro salario de SENAI com 14 anos. Que bela coincidência o nome de sua vó com o nome de minha mãe Ester, meu pai era Joaquim e minha única vó que convivi era Iracema , que chamava de Maecema.. Muito bonita sua trajetória e historia de criança. Bela participação e partilha desta fase nesta linda BC de vocês, que acompanhei todas as propostas.
Obrigado pela viagem amiga e deixo meu carinho e admiração por vocês.
Beijo no coração de vocês.
Agora vou ver o que as outras aprontaram na infância, rsrs vindo lá da nossa querida Renata.
Tudo de bom para você, Cris e Maricota querida.
out 23, 2020 @ 17:18:31
Que amor!
Quantas lembranças gostosas, fotos sem muita definição, mas o que fica é a lembrança!
A vida era tão simples, mas tão intensa, que tudo era marcante.
Lindas lembranças, até chorei pensando na minha infância também…
.
Eu que agradeço essa troca maravilhosa, as pessoas novas e incríveis que conheci com a BC…
Gratidão, amei participar das trocas, das blogagens, quantos aprendizados…
Beijinhos
Ju.
nov 07, 2020 @ 07:17:31
Que história gostosa de ler, me trouxe um mundo de recordações
Tive uma infância tão feliz, com certeza é a fase de que tenho as melhores recordações. Fui uma criança livre, para brincar e deixar minha imaginação voar.
Um abraço e desejo de um ótimo fim de semana.
Sônia
nov 11, 2020 @ 15:55:20
Tê querida! Acho que esses pedacinhos, fragmentos que você nos oferece ( para quem ainda não teve a oportunidade de te conhecer pessoalmente! ) transparecem exatamente a criança feliz que você foi e que nunca deixou nem deixará de habitar o sue interior.
Tantas lembranças lindas que, de ler, já emociona, você que as viveu então…
Maria tem referências tão doces que você vivencia na maternidade com ela e isso é tão especial.
Infelizmente não consegui participar com vocês, mas é claro que essa prosa já vive no meu coração!
Foi mesmo especial participar com vocês, conheci tanta gente linda por conta destas blogagens!
Será maravilhoso se voltarem futuramente e, se não, que possam os blogs continuar e a gente a interagir.
Um beijo especial para Maria! E outro para voê!
Fiquem em paz
Ana Paula