Quando os filhos nascem e vão para nossos braços pequeninos, indefesos, não temos noção de como um dia se tornarão independentes, cheios de vontades e com aquele desejo cada vez maior de voar!!
Mas eles crescem e a progressão da idade vai abrindo um leque de oportunidades para esse crescimento, seja para os aprendizados ou diversão…
Maria entrou na escola com 2 anos e 2 meses e a cada ano que se passava, era uma novidade. Aos 5 aninhos dava adeus ao período infantil e chegou a tão esperada Festa do Pijama, que era o marco da sua transição para o Ensino Fundamental I. Já relatei em outros textos que moramos longe de todos os parentes, então dormir fora era novidade, tanto para Maria quanto pra gente!
E assim começou o início das preocupações com as saídas de casa, as noites fora sem o papai e a mamãe. Seria um problema isso?
Claro que com essas novidades que pra eles são descobertas da vida, vieram juntos a tensão, a preocupação e os apertos infindos no coração do papai e mamãe. E não coloco desculpa por ela ser filha única, porque um dia o primeiro filho, o segundo ou terceiro, dão inicio a essas aventuras, mas creio que a preocupação redobra por Maria não ter tido outros oportunidades na casa de algum parente por exemplo.
Programamos passear a noite, sair, nos divertir, mas que nada. Apesar de ter ficado confiante em deixá-la com os professores e ajudantes, a cabeça era na Maricota fora de casa. A saída do papai e mamãe sozinhos ficaria para um outro dia! 🙂
Começaram então os passeios escolares dentro da cidade e a primeira excursão para outra cidade com 9 anos, há quase 3 horas de distância. Ouro Preto/MG.
Aos 10 anos, já no quinto ano, a escola foi mais longe. A saída foi para outro estado, RJ em Petrópolis. Chegou a hora dos pais interferirem. Maria não foi. Para a alegria dos pais e da escola, correu tudo bem, mas tomamos a decisão que cabia unicamente a nós e nossa filha. Não nos sentimos seguros com a viagem e isso pesou muito na hora da decisão. Houve choro sim, mas Maria é criança e simplesmente tem o desejo de fazer as coisas. Compreendeu depois e achou que realmente era melhor não ir. Ficou tranquila e passou o dia em nossa casa, brincando com uma coleguinha que também não foi pelo mesmo motivo.
Esse ano Maricota foi para Belo Horizonte em passeio cultural pela escola. Já mais amadurecida e com muita vontade de ir, nos passou mais segurança. Mas o coração nunca deixa de ficar apertado.
E as viagens não param, a cada novo ano, a cada fase de crescimento, a escola tem uma programação. Aos 14 fará uma excursão para SP em alojamento, mas é história pra bem mais pra frente 🙂
Em meio a essas viagens, crescimento, amadurecimento, aconteceram várias noites do Pijama na casa de coleguinhas. Obviamente o primeiro dia chega com preocupação, mas se torna mais tranquilo por serem conhecidos que estão sempre atentos aos nossos anseios de deixá-los dormir a noite fora de casa.
E quando somos nós que viajamos e os deixamos em casa?
Papai já viajou várias vezes a trabalho. É claro que o coração dele também aperta, a saudade chega, mas ele sabe que estamos em casa e tranquilos e o compromisso fala mais alto. O coração de uma mãe é bem mais melindroso, sabemos. Me lembro três situações (apenas) em que precisei me ausentar e deixar Maria em casa com o papai, que aliás toma conta como se fosse a mamãe. 🙂
Dois casos para visitar meus pais em cirurgias e tratamentos e quando fui ao um seminário de Mães em BH. Nesse caso não havia insegurança, pois tinha certeza que Maria estava em boas mãos com o papai, mas o sentimento de “deixá-la pra trás” por interesse meu, era algo estranho e novo pra mim. Acostumamos tanto com a presença, a cuidar que sentimos falta disso. Em BH foi preciso tomar a decisão de ir ao seminário ou ir em sua festa junina que nunca havia faltado, o que foi muito custoso também, houve um peso, uma pequena culpa, mas o incentivo do papai por vários motivos foi grande e parti para a viagem.
Comigo consegui carregar a tranquilidade de Maria estar sendo bem cuidada e confesso que aproveitei o Seminário, os dias da viagem por necessidade para a casa dos meus pais o aperto foi maior, porque não estava em boa situação e ficamos mais frágeis em deixá-los.
Cada viagem, cada saída, cada passeio, existem motivos de preocupação ou não, de tranquilidade ou não, de apertos, de ansiedade, de tensão ou simplesmente de alegria por vê-los se divertindo, aprendendo, interagindo ou simplesmente, crescendo!
O que a gente percebe com toda essa experiência que o importante é se sentir seguro em cada “voo” que a criança realiza. Se é na casa do vizinho, na escola, nas excursões escolares, se é pela necessidade dos pais saírem e viajarem sem eles, é preciso delicadeza e sabedoria para enxergar ou distinguir o que será bom ou não para eles e para nós.
A nossa insegurança muitas vezes é termômetro para uma decisão. A vontade deles irem também. A cada fase a preocupação é menor, mas sabemos que ela será eterna, unicamente pelo motivo de sermos, pais!
O filhos vão criando asas, pra eles esse processo é de entusiasmo e alegria a cada nova descoberta e aventura e claro uma transição que se faz necessária.
E pra nós? Há, pra nós no fundo no fundo é um misto de sentimentos que algumas vezes pressionam ou apertam o peito, outras dão satisfação e orgulho por vê-los felizes e aprendendo.
A vida é assim, criar filhos é assim, dar a liberdade na hora certa que eles precisam é assim…
Vamos desenvolvendo todo e qualquer processo junto com eles! Eles também nos fazem crescer! 🙂
Por Teresinha Nolasco, Mãe da Maria
♥♥♥
Apreciem a história de outras Mamães! 🙂
♥ Andrea Charan – Coisas da Lara
♥ Ana – Lado de fora do coração
♥ Juliana – Mãe Sem Fronteiras
♥♥♥
Fiquem atentos mamães!
Nossa próxima postagem que será no terceiro domingo de outubro, dia 21, trará o tema:
“Maternidade sem competição”
Abordagem:
– Meu filho andou com 9 meses!
– Mas, meu filho mamou até os dois anos!
– O Meu dormia a noite toda!
– O meu acordava várias vezes na madrugada!
– Meu parto foi Normal!
– O meu Humanizado…”
– Porque nos importamos tanto em querer comparar?
– Porque é tão importante que nossos filhos sejam melhores que os filhos dos outros?
– Você acredita que cada criança tem seu tempo?
– A competição aflorada na maternidade que constrange e incomoda.
– Devemos lembrar que nem tudo que é bom pra uma maternidade é bom pra outra e que existe antes de tudo a necessidade, vontade e aperto de cada mãe e filho.
Quer sugerir algum tema? Será muito bem-vindo! ♥
Como funciona a BC (Blogagem Coletiva)
♥ No terceiro domingo de cada mês, faça uma postagem no seu blog sobre o tema proposto, lembre de mencionar que faz parte do Projeto: Na Casa Da Vizinha – Blogagem Coletiva uma iniciativa de Cris Philene e Tê Nolasco,
♥ Link nossos blogs ao nome!
♥ Feito isso compartilhe o seu link aqui nos comentários, para que possamos inserir à nossa publicação.
♥ Não deixe de visitar e comentar também em quem está participando.
A interação é parte importante na Blogagem Coletiva! Conheçam a história de outras mamães. Todas tem muito a acrescentar! 🙂
chica
set 16, 2018 @ 09:25:22
Tê, como te acompanho há anos, acompanhei cada dessas fases da Maricotinha… Vi tuas preocupações tão normais, os medos fundamentados, as vezes que soltaste ou te soltaste… Dói, ficamos cheios de emoções, sentimentos, mas é preciso! Valeu e faz parte negar quando o coração nos fala ou assopra eu ainda não é a hora… E eles entendem após as birras,rs…
Adorei as fotos, revi fases lindas!
beijos, tudo de bom, e lindo domingo pra vocês!
Deixo minha participação aqui:
http://canteirosdavida.blogspot.com/2018/09/bc-na-casa-da-vizinha-blogagem-coletiva.html
chica
Andrea
set 16, 2018 @ 11:08:27
Olha Te, se tem algo que tenho aprendido é ser mãe… Achei que era apenas estar mãe. Não! É preciso ser. É duro, às vezes doi. Mas é rico, a gente cresce e cria asas TAMBÉM. São 2 lados que crescem grudadinhos, um saindo do outro, mas que vão criando pernas, asas e vida.
Participando. https://coisas-da-lara.blogspot.com/2018/09/bc-na-casa-da-vizinha-filhos-eo-criar.html?m=1
Andreia
set 16, 2018 @ 12:35:42
A Maria tá mocinha Tê! A nossa tendência é mesmo proteger, mas as asas deles crescem! Tinha até esquecido que chega essa fase de excursões da escola! Tenho que preparar pra isso rs.
Obrigada pelo convite pra falar sobre isso!
http://maedepititico.com/filhos-e-o-criar-asas-tao-cedo/
Cris
set 16, 2018 @ 13:15:19
Amiga, como é essa fase, mas, uma para encarar e deixar nossos passarinhos voar…
Que lindas recordações nas fotos e como a Maria cresceu…
Me lembro de algumas dessas fotos quando compartilhou conosco suas inseguranças… é a vida né amiga o deixá-los ir e que seja em segurança não é fácil.
Mas, vamos aprendendo e percebendo que nós também precisamos ir…
Vou seguindo aprendendo… mas sempre compartilhando com as amigas o turbilhão de sentimentos.
Amei!
Bjs, Cris
Filhos e o "Criar Asas" tão cedo! - Prosa de Mãe
set 16, 2018 @ 13:19:31
[…] Tê Nolasco – Bolhinhas de sabão para Maria […]
ana paula
set 16, 2018 @ 13:48:34
Tê, estou participando também!
Assim como a Chica, conheço você e a Maricotinha que a gente vai vendo crescer, vai vendo as fases e é tão gostoso!
Acho uma riqueza as maneiras como a maternidade se manifesta, aflora em cada uma de nós. E não há certo, ou melhor. O certo que estamos sempre a agregar neste caminho que é misterioso e delicioso – o caminho de criar um ser, uma joia raríssima que são nossos filhos!
Agora vou visitar a vizinhança! Um beijo para vocês!
http://ladodeforadocoracao.blogspot.com/2018/09/filhos-e-o-criar-asas.html
Iasmin Marques
set 16, 2018 @ 15:58:47
Nossa Tê, esses dias passei pela situação do passeio escolar.
Dri tem 8 anos, e na hora eu e o pai ainda pensamos que era cedo demais.
Com insistência dela, da professora e da diretora acabamos deixando, e graças a Deus deu tudo certo.
Precisamos deixá-los voar não é mesmo?
Beijos
https://www.maternizando.com/2018/09/filhos-e-o-criar-asas-tao-cedo.html
Juliana
set 17, 2018 @ 20:52:23
Oi Te quantas experincias pais e filhos passam e aprendem diariamente com a vivência e convivência.
Aprendemos todos os dias com eles e com a gente.
Eu acompanho seus posts a algums tempinho e durante nossos bate-papos a gente troca, consola e aprende a cada dia, não é verdade… Uma coisa é fato, não é fácil, mas graças a Deus tudo tem seguido bem.
Uma coisa é certa, confiança nas pessoas, se sentir segura em cada escolha e aprovação é o melhor caminho… Seguir os instintos, ou seja, hoje pode ser Sim, na outra vez pode ser Não e assim por diante.
Amei seu post, seu relato, muitas experiencias eu acompanhei nas redes sociais e agora na postagem.
Desculpa não postar ontem, porque estou enrolada por aqui!
Mas segue meu post que só consegui finalizar hoje.
http://www.maesemfronteiras.com.br/2018/09/filhos-e-o-criar-asas-tao-cedo.html
Agradeço o convite, estou amando as blogagens coletivas.
Bjs
Ju
Toninho
set 18, 2018 @ 02:37:18
Ah, Tê sei muito já de vocês nestes bons anos que comunicamos pelo blog e lembro muito bem, quando você se preparava para ir à BH num congresso, deu para ver seu coração apertadinho. Mas é preciso viver os novos tempos com suas limitações e o processo de interação é cada vez mais incisivo. A Maricotinha vai se sair bem.
Amo como você a educa , acompanho alguns blogs envolvidos com crianças como Renata, Verena, Paula, Chica a menina do Prosa de mãe, Amara Mourige, aquele Joãozinho , enfim acho lindo todos os processos e adoro ve-los grandinho hoje pelos blogs
Carinhoso abraço para as menina.
Beijo amiga e boa semana.
Estive lendo a Chica neste projeto com belas experiencias e sabedoria para passar.
Renata
set 18, 2018 @ 20:59:46
Oi amiga Teresinha!
Como passou rápido e já chegou o segundo tema da blogagem… estava ainda com o primeiro assunto na memória.
Mas, estou gostando bastante de ler vocês. Agora a pouco estive no blog da Ju e vi também a sincera participação dela.
Carrego comigo o zelo e a inquietação de toda mãe. A doçura de dizer sim e o amargo do não.
Porém, sigo com muita fé pela educação da Laura, vivendo cada fase dela com profundo louvor que me alegra, me inspira, me faz refletir sobre o tempo que passa rápido e intenso. E, por isso mesmo me cativa, me desperta solene curiosidade por vê-la moça! Morando no exterior, estudando fora, alçando voos altos, bem altos! Comigo pertinho, se possível. Se não, alçando voos mesmo assim, com responsabilidade, honra, lealdade, altruísmo. Enfim,gravando cada dia mais o bom caráter.
Você já sabe desse meu pensamento já compartilhado com você!
Beijos carinhosos!
Ainda não consegui participar de perto, mais estou aproveitando mesmo assim a interação da blogagem.
Mais beijos!
Re e Laura
Silvia Barbosa
set 20, 2018 @ 16:00:15
Te e Maria, que viagem maravilhosa essa nossa de Mãe! Momentos de medo, de tensão mas também muitos momentos de alegria e satisfação e amor crescendo dentro do peito!!! Ainda não passei por esses momentos de viagens e separações de dias, mas já sinto o apertinho no peito rsrs.
Tão bom compartilhar nossas emoções, nossas descobertas!!
Muitos beijos e desejos de mais e mais dias de crescimento pra nós!!!
http://enfimnos.com/?p=507