Uma das coisas que acho fantástica na maternidade e venho aprendendo com minha Maria é ser mais mansa. Embora ainda não tenha conseguido total proeza, vou refletindo sobre isso a cada novo episódio de pureza que a pequena me transmite.
Deveríamos ser mais sinceros, mais cristalinos nos sentimentos, menos rancorosos talvez com certas atitudes  do nosso próximo com a gente: marido, amigo, pais, irmãos, parentes. Atitudes às vezes que nos fazem crescer, ou não. E a criança é assim: ralhamos, ensinamos com mais firmeza, ficamos bravos e raivosos em certas horas; e embora ouçamos um “você é chata”, “não gosto mais de você”, “mamãe boba”, tudo não passa de um minuto. Tempo suficiente para lhe convidar para um abraço e um pedido de desculpa. Está tudo bem novamente.
Minha Maria é assim. Quantas vezes percebo isso em nossa convivência. E a cada vez que me torno mais enérgica, por uma simples irritação ou por necessidade, logo minha pequena me desarma com sua pureza, seu amor desmedido, sua inocência em perdoar instantaneamente e não guardar raiva. Diferente de nós adultos que deveríamos ser mais leves, menos estopins curto, mais perdoadores e esquecedores de mágoas.
Sim, temos muito a aprender com as crianças. Não da boca pra fora, mas de coração, com verdade, com entusiasmo para esse aprendizado.
Hoje, como mãe, estou conhecendo essa leveza. Posso dizer que estou a 1% do que é minha senhorinha em relação a essa tranquilidade de não levar tudo tão a sério – o privilégio sempre será das crianças – mas posso dizer que sou afortunada por conseguir chegar a esse pequeno patamar e sigo assim, a cada minuto sendo feliz com seus ensinamentos. Obrigada minha filha!
“Quando olho uma criança ela me inspira dois sentimentos, ternura pelo que é, e respeito pelo que posso ser” Jean Piaget
** Esse texto também está publicado no Joseph’s Blog no quadro “Prosa de Mãe”