Maria aos 5 meses
Todo mundo um dia já ouviu alguém falar que é “mãe coruja”…
Se não ouviu da sua mãe (duvido), foi da sua tia, irmã, amiga, prima, vizinha, vó (que é mãe coruja duas vezes), ou de outra pessoa…
Hoje além de ouvir, eu falo e falo muito, com gosto e com a boca cheia.
Sou mãe coruja sim e assumida.
Mas o interessante é que a maioria sempre fala, mas talvez não tenha idéia exatamente de onde vem essa expressão… Eu não tinha.
Mas navegando aqui e ali pela net afora, parei numa página que matou minha curiosidade.
Pobre coruja!
Assim diz a fábula:
Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.

– Basta de guerra – disse a coruja. O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.

– Perfeitamente – respondeu a águia. – Também eu não quero outra coisa.
– Nesse caso combinemos isto: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
– Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?

– Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
– Está feito! – concluiu a águia.

Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.

– Horríveis bichos! – disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.

E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja.

Ao regressar à toca, a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
– Quê? – disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste…
Assim é o amor de mãe…
Um amor puro, que está acima de qualquer “imperfeição” do filho. 
E basta a ela toda a beleza de ser mãe e toda beleza de tê-lo como filho…
Não há beleza maior do que simplesmente seu olhar para ele…