Penso que definir a maternidade talvez não seja tão complicado. Tudo vai se tornando mais claro a cada minuto que aprendemos a ser… Mãe!

“Doação”. Essa talvez seja a melhor definição.. Doação e entrega em tudo….

Gerar, parir, cuidar, educar, AMAR….
A alma e o corpo se rasgam em atitudes e emoções para essa entrega exagerada ao filho.
Desde a intenção, aos sonhos e planos de se ter um filho, damos início a todo esse movimento maternal, que bagunça muito nossa cabeça, e o coração muito mais.
Começamos a esperar de forma ansiosa a chegada de outro ser pra junto da gente. Esperamos como se ele tivesse “ido ali” e a qualquer hora entrasse pela porta da frente, porque ele já faz parte da família. Essa chegada pode levar anos, ou apenas dias. As vezes, se torna dolorosa pela espera. Seja ela uma espera de dentro ou de fora da gente. 

A última espera: dia do nascimento de mala e cuia!

E vamos nos preparando para educar e amar demasiadamente nossos filhos. Um preparo leve e sonhador até então.. Pois só ao provarmos a experiência da maternidade é que nos damos conta realmente de tudo o que planejamos pra esse amor, que daí pra frente será sem medidas…


Cada olhar, cada sorriso, cada mudança nos faz crescer e aprender juntos com nossos filhos. Tudo se torna encantador e emocionante a cada fase vivida.

Com pressa de vê-los “crescer” esperamos as vezes com aflição seu engatinhar, seu andar e seu falar. Uma aflição que nos faz querê-los bebês novamente quando esse tempo maravilhoso de descobertas fica para trás. 
Colocar em prática sim. Aprender totalmente nunca. E nem tudo são flores..

Vem as dúvidas, as incertezas, a incredulidade se estamos indo no caminho certo. A toda hora nos deparamos com a necessidade de educar e dar limites para que essa criança que se desenvolve a passos rápidos, se torne uma pessoa melhor a cada dia. Porque não há tempo a perder. Tudo passa numa velocidade assustadora. E muitas vezes esses limites e essa educação nos fazem sofrer…

Amamos demais!

Ensinar é um ato constante de amor!

Por amar demais somos movidos por um sentimento de compaixão a todo minuto por eles. Mas é esse mesmo amor que também os fazem “sofrer” com os limites impostos, com os “nãos” que ouvem todos os dias, com a cara brava e a voz muitas vezes áspera pela necessidade do momento, ou por uma intolerância imatura maternal.


Os “nãos” e os limites que o mundo sem piedade vai mostrar a eles. 

Maternidade é bem definida sim como doação total, como entrega sem limites. Momentos de felicidade que nos alegram e nos emocionam numa mistura de amor e dor.

E em meio a essa miscelânea de sentimentos, pudera eu peneirar tudo isso e fazer com que toda dor do amor ficasse de fora….


 ♥ Esse texto do Bolhinhas também se encontra no blog Mamães em Rede