Depois de praticamente 15 dias de molho, voltamos à nossa rotina indispensável. Maria pra escola, papai trabalhando e eu colocando meus compromissos em dia…Ufa!!!
Primeiro D.Maricotinha com uma febre insistente que nos deixou de cabelo em pé. Depois de muitos antibióticos, antitérmicos, idas à médicos e furinhos no bumbum e braço para exames, ela finalmente voltou “às boas” com a vida…
Como se não bastasse apenas ela para nos deixar preocupados, vem papai também querendo ficar de cama. E ficou. Mais remédios e mais febres e claro, mais preocupação…
Foram duas semanas de caos, de incertezas de noites mal dormidas… 
E diante desses episódios de febre e dor, eu e Cris analisávamos tudo isso de “estar doente”, ou melhor, de ter um filho doente. 
Como a gente fica sem chão, como paramos a vida por causa deles! E paramos mesmo. Não fazemos mais nada além do necessário. Não se consegue ou se tem disposição pra coisa alguma. Comer bem então, está fora de cogitação nessas horas.
Mas a análise mesmo, foi de voltar o pensamento para aqueles que não tem uma “simples” febre, uma “simples” infecção. Mas para aquelas famílias que lutam muito e sofrem com seus filhos tendo que estar toda semana em um hospital, submetendo a tratamentos dolorosos e quase intermináveis, sem saber quando vão poder se livrar deles,  fazendo dali praticamente sua casa…

Por alguns momentos pensávamos na dor física e psicológica dessas pessoas, crianças ou não, e de toda a família que sofre com eles nessa dolorosa e necessária caminhada, nada fácil….

Sim. Apesar de não ter sido nada tão grave quanto tantos que passam por tanta coisa, sofremos do nosso jeito e nos desgastamos com uma bactéria bem persistente, que insistia em colocar todos pra baixo.

Bom… Infecções e dificuldades à parte, agradeci muito a Deus por tudo isso ter passado. Como respirei aliviada hoje, quando levantei cedo para nossa rotina de trabalho e escola e fui preparar o café da manhã que tomamos juntos todos os dias antes da pequena acordar. Eu parecia como uma pluma ao preparar a  sua vitamina que dias atrás não aguentava nem ouvir o nome por enjoar o estômago. E ela gosta tanto! Parecia sim, ter saído uns 200 quilos das minhas costas.. Foi isso mesmo que senti… 

E D.Maricotinha? Não aguentava mais de saudades da escola, dos coleguinhas, da professora… De sua convivência com aquilo tudo…E eu me aliviando cada vez mais; agora ao vê-la tão feliz por poder ir hoje a escola…

Como é bom vê-los felizes pela casa, animados, em sua rotina diária e ver papai rezando e contando historinhas outra vez por estar conseguindo falar sem aquela dor insuportável na garganta.

Saudades que estava dessa “danada da rotina” que às vezes xingo tanto por estar cansada e entediada dela… Como é bom tê-la aqui novamente e viver tudo isso com minha família outra vez…

Risos, pirraças, teimosias, abraços, planos, expectativas, desenhos, tarefinhas, almoço, cozinha pra arrumar, escola, trabalho, plantas, compras, brincadeiras e dormir a noite toda… Tudo de novo… Ahhh que bom!!!

E que seja assim sempre! 

                           “E hoje estou de volta à vida, aos amigos, ao sorriso sob o sol”                   (Leoni)