Pelas minúcias do meu pensamento, acho que nunca deixei de “ter” meu lado mulher.  Ao contrário. Acho que o lado mulher de toda mãe nunca morre, por isso aquele desejo de ter um filho nos braços, na vida! É o lado mulher falando. E quando Maria veio, me senti uma mulher mais forte e autônoma por ter sido capaz de gerar outra vida.  São os sentimentos de mãe!

E sempre afirmo aqui. Não importa se veio do ventre ou do coração. São esperas da mesma forma, são mulheres e mães integralmente.

Minha maior vaidade é Maria

Falando em vaidade, nunca tive em excesso. Claro que quando somos solteiras nos arrumamos mais, porque saímos mais também. Queremos conquistar, agradar, nos mostrar uma mulher em sua intensidade. Somos mais soltas, mais espontâneas, temos sorrisos maiores e mais largos talvez…  Quem estará mais interessante?
Uma sombra a mais nas pálpebras, um contorno nos olhos, um perfume gostoso, aquele batom mais vermelhinho do que hoje e pronto.

Já não estamos mais nas “baladas”, nas festinhas,  sozinhas raramente na comemoração de aniversário na casa de uma amiga. Não podemos negar também que depois de nos tornarmos mães, a atenção maior ao companheiro passa mais despercebida, porque os dias intensos aos cuidados daquele ser tão dependente, acaba sobressaindo a tudo. E uma mãe quase não tem olhos pra outro ângulo…

Acontece que a mulher é tão intensa sendo mãe, tem uma satisfação tão grande em ter um filho, que esse encantamento e essa novidade preenchem sua alma, seu ser e isso a faz pensar que o lado mulher talvez tenha ido embora. , que esse lado de vaidade mais exacerbado já não tem tanta importância. A maternidade se faz sublime em sua totalidade.

Gostava de me arrumar, mas sempre tive meu jeito mais despojado de ser. E sou assim até hoje.

Mas claro que em algum momento nos olhamos no espelho e nos sentimos menos bonitas, com o rosto e o corpo cansado. Nos achamos mais desleixadas, maltratadas, sem vaidade alguma. Mas é um sentimento normal, não só na maternidade, mas no amadurecimento físico em si.

Sinto falta de outras coisas que vão além de uma maquiagem ou unha feita. Hoje estava fazendo um bolo, e coloquei um fone no ouvido. Comecei a ouvir uma música que adorava ouvir e comecei a dançar. Que delícia é dançar!! Havia me esquecido disso. Aliás, estou pensamento seriamente em fazer alguma aula de dança.

Era uma música da Vanusa, “Eu Sobrevivo”. Eu adorava essa música. Ela é uma versão em português da música de Gloria Gaynor, I will survive. Alguns conhecerão… *risos
Dancei muito, diversas vezes, ouvi muito mais ainda.

Pedi à Maria que me viu dançando para que colocasse a música pela internet e aumentasse o som.

Comecei a dançar e Maria ficou admirada rindo e achando graça. Poucas vezes fiz isso perto dela.

Foi uma soltura, um desabafo, uma libertação da Mãe Mulher! Como disse a amiga Renata do Diário de Alegria em seu texto “Por todos os cantos de Minas“, “a música também ensina a não temer a vida.”

Que nunca falte a vaidade de ser feliz!

Sinto falta também de algumas amigas pra conversar sozinha, mostrar meu lado mulher e não apenas mulher/mãe. Uma pessoa que sonha, que tem vontades, planos e aquele frescor ainda alegre e faceiro de antes. Ele ainda está aqui, mas talvez um pouco mais atropelado, repreendido em alguns momentos abafado. Não é de todo ruim isso. Porque quando temos a oportunidade de encontrarmos com um amigo, acabamos chorando algumas pitangas e isso nos faz lembrar de como somos importantes também como mulher…

Ser mãe realmente é ter outra vida, outra fase para viver. É um outro universo que se faz na vida da mulher! Um outro tipo de encantamento, beleza, afazeres, quereres, movimento.

Esquecer de ser mulher? Nunca! Afinal somos mãe! E na nossa frente está nosso fruto, nos lembrando todo o tempo da fortaleza que fomos e somos como mulheres. Há quem nunca deixe de lado o seu gosto pelo “batom vermelho” e também acho isso bom. Equilibrar a mulher e a mãe, é saudável! Um mulher mais feliz consigo, é também uma mãe mais feliz e mais leve. É preciso tomar conhecimento de qual estado de espírito, qual “batom vermelho” que te faz sentir bem, que te faz feliz!

Feliz eu penso é ser a mulher que sempre e  hoje poder passar pra Maria todos os valores que trouxe comigo, ter refinado algum deles, estimulados outros e assim ter me tornado sem perfeição alguma, uma boa mãe.

Talvez hoje trago na pele um perfume mais “suave”, no corpo uma dança talvez “mais lenta”, na boca um batom menos chamativo…

Mas cá entre nós… Em meio a tudo isso,  me faz um bem danado dançar “Eu Sobrevivo!”

Por Teresinha Nolasco, Mãe da Maria

 

 

A interação é parte importante na Blogagem Coletiva! Conheçam também a história de outras mamães. Todas  tem muito a acrescentar!

Chica – Chica escreve por aí

Renata Diniz – Diário de Alegria

Cris Philene – Prosa de Mãe

Ana Paula – Manhã de Jasmim

Ju Pelizarri – Mãe sem Fronteiras

Queridas Mamães, Atenção!

Nossa próxima postagem  será dia 20 de novembro – Sempre na terceira quarta feira do mês!

Neste dia será comemorado no Calendário o “Dia da Consciência Negra, aproveitamos então para abordar o tema Diversidade de etnia e cultura. “Como ensinar os filhos a valorizarem a diversidade”

Sugestões:

* A diversidade étnica na escola
* O incentivo em casa para a boa convivência com a diversidade
* Amor pela diversidade étnica e cultural
* Os ensinamentos de convivência que devem vir de casa
* Aceitar o outro como ele é
* Ensinar ao filho que todos são iguais (brancos, negros, deficientes, o pobre, o rico, jovem, idoso)
* Ter compaixão pelos outros

Sintam-se a vontade para abrirem o leque para essa discussão! Até lá!  🙂

 

Como funciona a BC (Blogagem Coletiva)

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