Sempre achei importante a participação do pai ou marido com os filhos e a esposa. Família é isso. Formada por pais e filhos, por isso, acho que todos devem participar de tudo. É preciso a troca o tempo todo, senão nada funciona direito.

Aqui tenho essa participação. Sempre tive a ajuda do papai/marido para tudo. Seja em casa ao meu lado ou com Maria em suas necessidades.
Orgulho-me ao falar que a primeira fraldinha suja da pequena, ainda no hospital, foi trocada pelo papai. Quantas vezes pra poder dormir, estava ele andando com Maria no colo ou sentado no sofá do seu quartinho. Claro, os dois dormindo. 
Vieram as papinhas, o pediatra, a retirada das fraldas, a escola, as brincadeiras juntos. A mão dada por ele sempre foi grande. E confesso: é uma tranquilidade. Digo que sou abençoada.
Fralda, banho, dormir, ler, rezar, comer. Como é confortável ter um pai que ajuda a mãe em todas as horas.

Não tivemos parentes por perto quando Maria Clara nasceu. Aprendemos tudo “na marra”. Descobrimos tudo sozinhos. Era lendo ou indo pelo bom senso. Sobrevivemos. E ela também.
E esse aprendizado, de marinheiros de primeira viagem, nos permitiu uma troca imensa de “ajudar”. 

Aí é que entra o papai

A criança vive em processo de mudanças, desenvolvimento. Uma das fases da pequena agora é tomar banho sozinha. Ainda não tenho coragem de aventurá-la totalmente só por medo de escorregar. É muito sabão no chão. Talvez um tapetinho ajude. Mas por enquanto ficamos do lado para eventuais escorregões.

A mãe (principalmente a mãe integral) dedica seu tempo às necessidades do filho, da casa e outros extras que aparecem.
Em determinada hora do banho – por exemplo, a hora da escola, que é uma correria louca – bate o cansaço e a mamãe muitas vezes prefere passar a buchinha na criança do que deixar ela mesma passar. A mãe se entrega a esse cansaço, ao estresse e faz pela criança o que ela já deveria fazer. Mas é preciso aprender. 
Aí vem a grande ajuda do companheiro. Embora cansado do serviço, cumpre seu papel de verdadeiro pai. Com persistência, amor e dedicação.

Quantas vezes dando banho na Maria, o peguei do lado dando orientações. E lá estava ela se esfregando.   Ainda bem que tenho esse “bravo soldado” na retaguarda.

Se for necessário, peça ajuda
Sua ajuda comigo sempre foi muito espontânea, tenho esse privilégio. E não cobro perfeição, valorizo a ajuda, eu também não sou perfeita. Mas para algumas famílias é preciso o diálogo constante. E esse diálogo é necessário. Muitas mamães tem a dificuldade de pedir ao marido essa contribuição e se fecham, tornando sua rotina exaustiva. Sendo que a obrigação de cuidar dos filhos, de fazê-los “crescer” é dos dois. 
Nem todos são iguais e se não são, é preciso achar meios para que essa ajuda aconteça. Sem medo de pedir, sem barreiras e com muito amor. Como disse, família é isso. Troca constante. E quem faz parte dela não pode ficar com reservas.
São nessas horas que um complementa o outro e reflito como é importante essa participação efetiva do pai. Quando bate o cansaço na mamãe, entra as mãos de anjo e dão um toque especial e necessário. E atrás vem o alívio.
É assim que me sinto com a contribuição do papai: Aliviada! Não saberia viver de outra forma. 
A primeira fralda ainda no hospital trocada pelo papai.