Toda vez que me trazem à memória a infância, o pensamento me remete primeiramente às bolhinhas de sabão.
Várias vezes mencionei essa brincadeira mágica que ganhou nova roupagem no modo de soltar as bolhas céu afora…
Pra mim, a melhor e mais doce versão foi da minha infância. 
Caneco de alumínio, canudo de folha de mamão, sabão com água. Um quintal, um céu e muito carinho e alegria envolvidos na brincadeira.
É assim que soltava minhas bolhinhas, junto com meu irmão, no terreiro de casa – como costumávamos chamar nosso quintal.
E eram lindas! O vento as levava pra cima, onde hora estouravam ainda ao alcance da minha visão, hora se escondiam em um outro quintal.
Por trás disso tudo meu pai que se encarregava de produzir o brinquedo, meu irmão que me fazia companhia nessa aventura e meu quintal da infância onde podia sonhar e ser deliciosamente, criança.
Tudo muito simples, muito lúdico e muito sagrado.
Hoje as bolhas se formam no céu através de armações de arames e tubos de plásticos. Que igualmente elevam essas bolhinhas ao ar, deixando o céu mais colorido e alegre…
É a brincadeira se formando…
Mas parte da minha infância que sempre me recordo com respeito e nostalgia, trazem bolhas diferentes. 
Elas não se formavam só com o sabão. Redondas, traziam em suas cores: amor, cuidados, companheirismo e a meninice de uma infância feliz…
As bolhinhas de sabão com canudo de mamão serão eternas… 
Recordando, Aprendendo e Brincando –  Blogagem Coletiva quinzenal. 
Projeto idealizado por Cristiane Philene do Joseph Blog  e Jamilly Lima do Mãe para Sempre.
“É o Bolhinhas escrevendo para resgatar por palavras as eternas brincadeiras de infância”