Pela necessidade de passar mais tempo com minha Maria e assim poder dar a educação que tanto sonhei, segui a primeira opção.
Sei que nem todos os pais tem esse mesmo privilégio, mas muitos gostariam de ter.
O coração dói ao ir pro trabalho. A necessidade de educar em período integral também fala alto, mas em muitos casos não há o que fazer.
Confesso que muitas vezes sinto falta de produzir algo extra maternidade, talvez por ter começado minha vida profissional bem cedo e a ter levado por tantos anos. Às vezes bate a sensação de não estar sendo útil.
Disse que, às vezes, na sala de aula caem objetos no chão, como lápis de cera de algum coleguinha, e que outros falam “bem feito” pra ele.
Já pergunto:
– Acha isso certo, minha filha?
– Não mamãe.
Aí vem a deixa. Nessa situação expliquei que não podemos proceder assim. Ao contrário. Que devemos oferecer ajuda para pegar os lápis quando isso acontecer. Falei também para ela se colocar no lugar do coleguinha que deixou os lápis caírem.
– Você iria gostar que alguém falasse bem feito pra você? – Não.
Deixei com isso mais uma contribuição para o desenvolvimento saudável da Maria.
É dessa forma que ela abre oportunidades pra eu poder mostrar o que é certo ou errado. Abre oportunidades pra eu viver minha experiência de mãe integral.
Claro que isso ocorre a todo momento com as crianças. Os pais que trabalham chegam em casa e elas relatam os acontecimentos da escola. Mas penso que muitos (não é regra) já não estão tão tranquilos. Talvez pelo cansaço, pelo estresse, pela correria da noite.
Sinto-me feliz e tranquila por estar com ela e, diria, realizada nessas horas. São nesses momentos que penso que estou perto, ensinando o que é certo, na hora certa. Além de tudo isso, vivo a todo instante, a troca infinita do aprender e ensinar.
Teresinha
maio 29, 2012 @ 20:13:27
Você tem razão… não se pode julgar nem de um lado nem de outro… Como relatei acima, vez ou outra me bate a vontade de "sair pra produzir", mas (como ainda posso ter esse privilégio) meu lado maternal fala mais forte. Ainda não conseguiria deixá-la o dia inteiro em uma escola ou nas mãos de outra pessoa. E nem tive com quem deixá-la também. Mais um motivo pra ficar em casa.
Admiro muito e respeito quem tem que trabalhar fora. Sei que dá um pesar muitas vezes.. e muito pai e mãe se pudessem ficariam mais disponíveis para os filhos…
Mas hoje tenho admirado muito também, a mãe que se entrega ao lar, ao filho e renuncia a algumas coisas em prol da família.
Não são fáceis os dois lados. Garanto. Mas cada um com sua necessidade e vontade.
E a gente vai levando assim…
Muito obrigada pela visita e pelo comentário..Volte sempre!!!
mamaebebeetc
out 25, 2012 @ 19:36:04
dsculpa a demora em vir comentar.
eu ja tnha lido os posts mas nao deu tempo d deixar recado.
Adorei o post e nem preciso dizer o qto me identifiquei ne?!
beijos e obgda pela idicacao!
te espero no mamae e bebe.
Teresinha
out 26, 2012 @ 20:57:34
Oi Tauana, que isso.. não demorou nada..
Fique a vontade e venha a hora que der e que quiser…
Seja sempre bem-vinda…
Pode deixar que estarei lá.. Vou te colocar aqui de ladinho pra ver sempre seus artigos novos..
Bjus e obrigada
Teresinha
out 26, 2012 @ 21:04:19
ó..ja tinha coloca você aqui rs… Que bom!
Miriam Utida Sousa
jun 05, 2013 @ 13:35:21
Parabéns pelo belo post!
Maria deve ser uma menina muito feliz. É o seu melhor investimento no futuro.
Também estou integralmente em casa com meus três filhos. Noutro dia fiquei sabendo que o meu menino de 4 anos anda dividindo, espontâneamente, o lanche dele com quem se esqueceu de trazer o lanchinho. Ele não gosta de ver ninguém triste. Nos relatórios escolares vem sempre a indicação de que meus filhos são calmos e alegres. Sempre aproveito para conversar com eles sobre tudo o que está acontecendo em volta deles. Não adianta apenas pagar colégios caros se nossas crianças não puderem dispor de estabilidade emocional e psíquica durante as suas vidas.