A princesa afastou-se tanto que não se deu conta do bosque escuro em que se encontrava. Sultão sumiu, mas Chiado seu gato estava lá junto com a menina naquela floresta sombria.
Rosa, triste e mal cuidada, não sabia como sair dali, mas a bruxa Serpentina deu a dica: para se libertar, ela teria que ler o que estava escrito na parede da caverna, mas a princesa não sabia ler e a bruxa ficou muito feliz com sua maldade.
Imediatamente, o gato virou um lindo príncipe e a magia da bruxa Serpentina havia se desfeito.
A autora me causou singeleza com sua história! Em Palavras da Autora”, Heloisa Prieto conta que cresceu admirando uma máquina de escrever que se encontrava no escritório da fazenda de seu avô onde passou grande parte de sua infância. Seu tio Paschoal observando seu interesse ensinou-lhe a escrever seu nome.
Roberto, seu outro tio, trouxe-lhe um livro com uma história que fazia parte de uma coletânea de contos de fadas portugueses: A princesa que não queria aprender a ler, dizendo-lhe disse que a historia parecia com a vida que a sobrinha levava. Heloisa não teve tempo de lhe mostrar que ja sabia escrever seu nome.
Esses foram os estímulos para que Heloisa Prieto tomasse paixão pela leitura e passasse a escrever seus próprios livros tempos depois, inclusive a adaptação da Princesa que não queria aprender a ler.
Sentindo saudades dos tios, releu a história, reencontrou-se com a garota levada que fora, compreendendo melhor sua criança interna – como diz a própria Heloísa – “essa criança que sempre fica viva dentro de nós, não importa qual seja nossa idade real…”
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