Hoje é dia do Gari! Aquele profissional incansável que levanta cedinho e quando você vai trabalhar, vai fazer sua compra, levar sua criança pra escola ou fazer sua atividade física, ele já está ali há muito tempo. Muitas vezes passamos ao seu lado e mal mal lhe damos um sorriso. Bom dia, boa tarde, tudo bem? São atitudes simples e valiosas que os farão se sentir mais animados para essa batalha nada fácil no decorrer do dia. 
O respeito pelos garis começa com a educação em casa na separação e cuidados na hora de desprezar o lixo. Nos tempos de hoje é nossa obrigação separar o que é reciclado/reaproveitado do lixo orgânico. 
Maria sabe que é preciso fazer isso. E nem preciso mais falar,  ela é educada a essa questão. São muitas campanhas, muito incentivo na escola, e principalmente aqui em casa com a consciência que temos. Há anos não misturamos mais o lixo, mas como moramos em apartamento, fica impossível ter uma lixeira para cada material, então temos uma pra orgânicos e uma para recicláveis em geral.

Desenho da Maria sobre um trabalho de reciclagem

Esses dias li uma reportagem da coleta aqui em minha cidade, sobre um gari que se cortou na perna profundamente com um caco de piso. Não preciso falar do descuido que veio dessa casa. Evitar problemas assim é muito simples. A educação na família é de extrema importância, ensinar certos cuidados é muito simples e herdamos coisas valiosas quando a família é consciente. 
Me recordo de duas heranças que meu paizinho me deixou sobre a questão de educação sobre o lixo. Uma foi para o cuidado com vidros que quebram em casa e precisamos jogar fora. Enrolamos em muitos jornais – ou outro papel – colocamos saco plástico e por fora um aviso: cuidado! “Vidro quebrado”. Se o gari pega naquele embrulho não irá se cortar, pois o caco de vidro está longe da superfície. Caso precise abri-lo para a reciclagem, saberá que ali tem algo cortante e com certeza terá mais cuidado. Isso serve também para outros objetos que tem pontas ou cortam.
A segunda coisa que meu pai me ensinou naturalmente, que sempre conto e que passei também à Maria foi não jogar nada no chão. Já contei a historinha de um dia quando criança ter jogado um papel de bala na calçada. Meu pai me advertiu: “- Minha filha, não jogue no chão, é feio“. Bastou essa vergonha para que eu nunca mais fizesse isso. Hoje passamos essa educação à Maria. E o processo se tornou tão natural que ver d.Maricotinha segurando um guardanapo de algum lanche que fez na rua, palito de picolé ou outra coisa, é comum. Só mesmo quando avista uma lixeira é que ela descarta e se não encontrar, guarda para jogar em casa.
Fico indignada todos os dias com a quantidade de papeis e outros lixos na rua. Quando vejo alguém jogando algo na minha frente como se o chão fosse engolir o papel que aquele “porquinho” jogou, me dá um nó no estômago. 
Os garis não tem obrigação de varrer nosso lixo. Cada um deve cuidar do seu. Não tem lixeira perto, aguarde a próxima que com certeza não vai demorar a aparecer. 
Outro cuidado indispensável é com os cachorros bravos na rua. Já não é fácil desempenhar a tarefa de limpar a sujeirada da cidade, daquele que não tem educação e ainda correr o risco de ser mordido por cachorros que se soltam, não é nada humano aos garis. 
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Certas atitudes são simples na vida da gente. A educação é algo de sensibilidade e coração. Ajudar ao trabalhador de rua, seja um carteiro, um gari ou outro agente que presta serviço à comunidade, é obrigação nossa e algo muito fácil de se colocar em prática. Seja gentil e alegre quando passar perto de um um gari e lhe cumprimente. É fácil e dará alegria à sua alma e à dele com certeza! Respeite o seu trabalho de todas as formas, em casa, na rua, ensinando sua família, seus filhos, seu aluno a ter respeito e amor por esses profissionais. A faxina não é só no chão, mas também no espírito para que esse se transforme e olhe com mais sensibilidade, educação e humanidade para o nosso próximo que precisa todos os dias da gente e nós dele!
Viva os Garis!!! ♥ ♥ ♥