Mais uma troca de livros, fez d.Maricotinha trazer para casa “A princesa que não queria aprender a ler“. Dessa vez a troca foi com a coleguinha Daniela, a Dani. E pelo nome a gente logo deduz ser um incentivo à leitura para os pequenos.
A princesa que não queria aprender a ler, tem como autora Heloisa Prieto e as ilustrações coloridas e alegres foram de Janaina Tokitaka.
 

…e foi assim:A princesa Rosa era filha única e vivia em um palácio com seu pai, o Rei Tancredo e sua mãe a rainha Dália. Passava seus dias cantarolando pelo jardim e vez ou outra recebia a visita de algum professor a pedido do pai, para que Rosa despertasse seu interesse pela leitura, porém, sem êxito. Rosa era uma princesa muito inteligente, mas nas aulas sempre se distraia ou adormecia sem o menor interesse.

Um belo dia, Rosa e seu cavalo Sultão, vão até a floresta.

 

A princesa afastou-se tanto que não se deu conta do bosque escuro em que se encontrava. Sultão sumiu, mas Chiado seu gato estava lá junto com a menina naquela floresta sombria.

De repente Rosa encontra a bruxa Serpentina que logo logo se revelou maldosa. Prendeu a menina em sua caverna em companhia de ratos, sapos, lagartos, corvos e uma raposa magra.

Rosa, triste e mal cuidada, não sabia como sair dali, mas a bruxa Serpentina deu a dica: para se libertar, ela teria que ler o que estava escrito na parede da caverna, mas a princesa não sabia ler e a bruxa ficou muito feliz com sua maldade.

Eis que Chiado a ajuda, pois ele sim, gostava da leitura e leu tudo que estava escrito na parede.

Imediatamente, o gato virou um lindo príncipe e a magia da bruxa Serpentina havia se desfeito.

Assim Rosa voltou ao palácio, cresceu e casou-se com o príncipe. E no castelo aconteceu uma reforma de uma grande biblioteca, pois a partir daquele dia, a princesa Rosa decidiu aprender a ler e nunca mais parou.

 

Comentário da Maria:
“É estranho a princesa Rosa não querer aprender a ler, pois com a leitura ela poderia resolver várias coisas.”

A autora me causou singeleza com sua história! Em Palavras da Autora”, Heloisa Prieto conta que cresceu admirando uma máquina de escrever que se encontrava no escritório da fazenda de seu avô onde passou grande parte de sua infância. Seu tio Paschoal observando seu interesse ensinou-lhe a escrever seu nome.

Roberto, seu outro tio, trouxe-lhe um livro com uma história que fazia parte de uma coletânea de contos de fadas portugueses: A princesa que não queria aprender a ler, dizendo-lhe disse que a historia parecia com a vida que a sobrinha levava. Heloisa não teve tempo de lhe mostrar que ja sabia escrever seu nome.

Esses foram os estímulos para que Heloisa Prieto tomasse paixão pela leitura e passasse a escrever seus próprios livros tempos depois, inclusive a adaptação da Princesa que não queria aprender a ler.

Sentindo saudades dos tios, releu a história, reencontrou-se com a garota levada que fora, compreendendo melhor sua criança interna – como diz a própria Heloísa – “essa criança que sempre fica viva dentro de nós, não importa qual seja nossa idade real…”
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