Tenho saudades de algumas amizades anteriores ao meu casamento e maternidade. Precisei sair da minha cidade pois Cris já morava em Viçosa e era aqui que iria ficar. Tudo era novo. Não havia amigos nem parentes e a única pessoa que eu conhecia era meu esposo.

Por e-mail, telefone, chats e até por carta escrita, continuei conversando com alguns amigos da região onde morava. Mas aquele costume de longos papos na calçada e de visitas inesperadas ou marcadas em casa ou na casa de alguém, da esticadinha até a pracinha pra levar o amigo próximo à sua casa, já não existia.

No começo de uma nova vida, tudo é novidade. Ficamos deslumbrados com as mudanças, uma delas Maria, que veio logo cedo. Tudo é interessante, tudo é descoberta. Mas depois de passado esse deslumbramento que nos deixa ocupados e distraídos a rotina chega, vem então a falta que o amigo, ou um parente querido nos faz. Daquela convivência diária, dos altos papos, choramingo, conselhos e risadas.

Nesse meio tempo, até dois anos em que Maria entrou na escola, visitávamos e recebíamos alguns amigos do Cris. Mas não era algo constante e apesar de serem boas pessoas, eram amigos dele. Sempre com muita alegria, mas sem a cumplicidade e  entrosamento que todo amigo teria.

E seguimos assim nossa vida… Uma visita aqui, uma saída ali com algumas pessoas queridas e assim fui enganando a falta que um amigo me fazia. Maria entrou na escola e com toda essa convivência escolar, de buscá-la e levá-la para as aulas, de festinhas de aniversário, de crianças visitando nossa casa, algumas pessoas queridas aparecerem.

Foram muitos e muitos anos pela frente nessas descobertas. Alguns se foram, outros ficaram. Mas posso dizer que apesar de estimadas, foram  convivências minimalistas. Um bate papo de alguns minutinhos na porta da escola, um cafezinho rápido com alguém, abraços carinhosos na rua, outras  trocas de mensagens por whastApp, uma saída pra tomar sorvete com as crianças, uma preocupação com uma pessoa querida…  Muitos Ois e Olás pela cidade afora….

Hoje, Maria está com 13 anos. Posso dizer que tenho amigas que sei que, caso precise, posso contar com elas de olhos fechados. E que igualmente daria essa ajuda. Aquelas pessoas de dar um abraço gostoso e apertado, de trocar interesses em comum… Daquelas que recebo com carinho em minha casa e tenho prazer enorme em conversar e estar com elas. Mas não existiu depois da maternidade, aquela amizade de beira de calçada e visitas simples, inesperadas e constantes..

Eu e Cris sempre conversamos, porque ele também se manteve nessa situação. Será que as pessoas da cidade já estão muito ocupadas com os amigos nativos e se abrem até um determinado limite? É essa impressão que nós temos muitas vezes…

Hoje depois de algumas tentativas e observâncias, sossegamos, apesar da falta que um amigo constante ainda nos faz.
Levo a crer também que os tempos são outros e talvez a modernidade, os apartamentos com suas portas fechadas, a falta de calçadas pra um bate papo no portão, proporcionem essa “distância” e essa diferença das amizades que “deixei” pra trás. Mas não posso cobrar tanto, afinal eu nasci em outra cidade e por lá fiquei durante 36 anos.

Mas sou grata e me sinto feliz com essas convivências “minimalistas” na presença, mas muito carinhosas e  sinceras e que com certeza sei que estão ali se eu precisar e se precisarem de mim…

Contudo, não posso me esquecer das amizades de longe através das redes sociais que a maternidade me trouxe. Foram e são com certeza uma inspiração, um refrigério um bálsamo para a minha maternidade. Um alento para a alma durante todos esses anos. O Blog foi uma ponte significativa e recompensadora em meio a toda essa distância física de outros amigos. Quantas amizades surgiram aqui, quantas amizades surgiram virtualmente. Muitas afinidades com reciprocidade de carinho, de cumplicidade, de ajuda, de conforto, de alegrias…

Meu coração é aberto para quem quiser chegar, para quem já está e se sentir disposto a reforçar esses laços…

Aos amigos que ficaram muitas saudades….
Aos que estão, fica a alegria de ouvir a voz e trocar afinidades, do abraço, dos cafezinhos rápidos, do sorvete com as crianças… Por que não?
Aos que ainda vão chegar… A casa é sua, e o coração também!  🙂

Gratidão! ♥

Por Teresinha Nolasco, Mãe da Maria

 


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Quem Participou:

♥  Roselia Bezerra – Espiritual Amizade
♥  Chica – Chica Escreve por aí
♥  Cris Philene – Prosa de Mãe
♥  Renata Diniz – Diário de Alegria

Queridas Mamães, Atenção!

Nossa próxima postagem será dia dia 16 de Setembro – Sempre na 3ª quarta feira do mês!

O tema será:

Florescer em Meio as Adversidades!

 

A Casa da Vizinha está aberta para sugestões de Temas! Obrigada!

Até lá!

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