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Poe o dedo na mão direita quem brincou de “Caí no poço” na infância. Coloca outro dedo na mão esquerda quem gostava muito da brincadeira e sempre esperava com ansiedade “aquele menino”.
Eu esperava. Reuníamos a meninada com os olhos vendados para na sorte tirar o garoto esperado. Não posso esquecer da brincadeira que de fato marcou minha infância. Maria hoje ainda não conhece. Apesar das brincadeiras antigas irem e virem toda hora, essa ela ainda não relatou que brincou. Bom, espero que demore um pouco (rindo aqui).
Caí no poço é muito simples.
Algumas crianças ficavam separadas (de pé ou sentadas) e outras duas à sua frente: um condutor e uma que será conduzida por ele. A criança conduzida, tem seus olhos tampados com uma venda ou com as mãos do condutor. E este pede para criança escolher alguém que está à sua frente:
– É este… é este?
E o participante vai respondendo sim ou não de acordo com sua vontade.

Quando responder o sim. O condutor pergunta:

– Pera, Uva, Maçã ou Salada Mista? 
Se a criança escolher pera, vale um aperto de mão na outra escolhida. Para uva um abraço e maçã um beijo no rosto. Já a salada mista é tudo junto: aperto de mão, abraço, beijo no rosto.
E é nessa hora que eu torcia para que caísse “naquele menino”. Nem sempre dava certo. Mas a ansiedade da brincadeira, deixava tudo muito divertido. Assim, o menino ou menina escolhido, substituía aquele que o escolheu.
As brincadeiras de crianças são maravilhosas. As fantasias tem seu valor alto e as paixões infantis mais ainda e é certo que cada um teve o seu escolhido ou escolhida da “salada mista”. E com satisfação e inocência brincou de “Caí no poço”!

Brincar é magia, é desenvolvimento, criatividade, recordação, desprendimento, alegria, envolvimento… Vida! Brincar é amor… puro amor!

“A infância é o tempo de maior criatividade 
na vida de um ser humano”. 
(Jean Piaget)

Recordando, Aprendendo e Brincando 4-  Blogagem Coletiva quinzenal. 
Projeto idealizado por Cristiane Philene do Joseph Blog  e Jamilly Lima do Mãe para Sempre.
“É o Bolhinhas escrevendo para resgatar por palavras as eternas brincadeiras de infância”