Não somos o mar da perfeição em questões de economias, mas temos bastante equilíbrio com tudo. Pensamos muito antes de comprar determinado produto e sempre analisamos os gastos maiores. 
Tive a benção (digo assim) de ter um marido que faz planilhas, organiza as contas e pede opinião quando precisa gastar. É um sossego imenso ter alguém que se preocupa com a economia dentro de casa junto com a gente. Dessa forma estamos sempre prevenidos, evitando surpresas desagradáveis no fim do mês. 
imagem daqui
Diante desse costume pensamos em Maria e tentamos de forma consciente, acostumá-la com nosso ritmo, a começar por um cofrinho que tem. Não apenas a ajudamos a juntar suas moedinhas, mas mostramos a importância desse pequeno investimento, a necessidade e o esforço pra se conseguir alguma coisa. Ensinamento simples e básico, mas que consideramos vantajoso para uma base no aprendizado à economia. 
Coincidentemente lhe presenteei com um livro que serviu de inspiração para o momento: “A Economia de Maria”
Também trabalhamos juntos a ela a importância da doação. Do desvencilhar de coisas que não estão sendo utilizadas, que não precisam estar ali. A noção do amor ao próximo, do ajudar. A necessidade do não-acúmulo, do apenas ter por ter. E assim é mais uma contribuição que damos à pequena (e a nós mesmos), mostrando a ela o valor real disso tudo: o desapego e a simplicidade.
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Não é fácil fazer com que uma criança de 6 anos entenda tudo isso a todo momento. Tudo é esforço e como pais conscientes que temos a obrigação de ser, fazemos nossa parte, amadurecendo essas questões e mostrando que não há necessidade de se ter tudo, toda hora. 
A sociedade em geral e a mídia, não nos deixa ter êxito total nessa empreitada. A todo tempo somos cobrados a ter isso e aquilo e a dar aos nossos filhos a boneca, o jogo ou a roupa do momento. Mas não devemos ceder à pressão. Ela nos esmaga e nos leva a caminhos difíceis de voltar. A autenticidade é uma grande aliada nessa hora.
Não é perfeita a conquista. Diversas vezes a senhorinha não consegue entender e controlar seu desejo de “ter” – afinal é uma criança. E quando percebemos que o momento está sendo unicamente voltado para o consumo e não para necessidade, procuramos ser firmes na intenção de não ceder e em meio a birras e concordâncias, juntamente com nosso interesse em ver Maria menos consumista, temos conseguido aos poucos conscientizá-la. E ela mesma repete às vezes: “não precisamos de muitas coisas”.
Penso que é com essa firmeza e consciência, que ajudaremos nossa filha a ter um consumo mais consciente. Ser mais desapegada e mais simples com tudo.                                                      
É sinceramente o que esperamos para seu futuro. Acho que dessa forma sua vida seguirá de forma mais leve e tranquila. E todo nosso esforço trará bons frutos em sua caminhada.
O consumo é uma máscara que compramos,achando ter então comprado a felicidade.

Alexander Supertramp

Esse texto faz parte da Blogagem Coletiva: Mamãe tá de olho, hoje com o tema: “Consumismo”.
Iniciativa:
        Genis Borges – Reciclando com a Mamãe 
Nádia – Mamãe Nádia a Sós    
       Isabela Kanupp do blog “Para Beatriz”;