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Sou enfática nisso: Educação pra mim, vem de berço. É ali que falamos os primeiros, segundos e inúmeros outros “nãos” para nossos filhos…
E esses nãos, se estendem quando crianças, adolescentes e aí vai… Até como adultos ainda ouvimos “nãos” dos nossos pais, de forma diferente, mas ouvimos.
Mas observo pelas mídias e na vivência escolar, que muitos pais pensam ao contrário. Ou parecem não querer ter consciência dessa realidade, transferindo toda essa carga (nada leve) para a escola e seus professores. No final, encontramos professores frustrados e exaustos de tanta cobrança injusta.
A realidade ainda era diferente na minha infância e bem mais na infância dos meus pais, quando o professor era visto como mestre, onde ali, alunos e pais tinham total respeito ao seu trabalho e suas decisões. É claro que existia a palmatória e outras penalidades nada agradáveis ao aluno – contava minha mãe – mas antes de tudo isso, havia o respeito. A visão dos pais era outra diante desse mestre que educava por amor à profissão.
Hoje a palmatória é pra eles. Muitas vezes, pais e mães chegam para conversas nada amigáveis, mas sim com imposições que desrespeitam, chateiam e desestimulam o educador. Pra eles, o filho é que tem sempre razão, pois ele “nunca” iria fazer isso, ou aquilo. 
Além de enfrentar situações constrangedoras como essa, professores convivem com crianças mal educadas, mimadas e desacostumadas a ter limites, a ouvir nãos ou a dizer um por favor e obrigado.
Por causa dessa proteção, esses mesmos alunos que antes queriam a todo custo o brinquedo do colega, chegam numa universidade querendo pontos do professor, mesmo sem ter tido o mérito pra tal.. E os pais novamente, talvez de uma forma mais arrogante, fazem exigências nada confortáveis. 
São filhos e pais que nunca amadurecem.
Nada é regra, existem pais e alunos colaboradores, podemos dizer assim. Pessoas tratáveis que valorizam o trabalho do professor, dos diretores e de toda escola em conjunto.
É preciso prestar atenção e analisar com decência os dois lados: aluno/professor.

E não sejamos ingênuos. Nem sempre o aluno está errado. É preciso ouvi-lo também. Existem muitos títulos de “professor” por aí. Essa classe, é desprovida da capacidade de educar. Falta tato, sensibilidade e desprendimento de educador. Ter uma profissão é muito fácil afinal.
Limites, educação, amor… É na infância que se constrói tudo isso. Os pais são responsáveis por toda essa construção e  a constante reforma dessa educação no dia-a-dia dos filhos.  
Desculpe, por favor, com licença, obrigado.
Isso é o mínimo que nossos filhos tem que carregar como bagagem para a escola. E essa, é um complemento à base da educação que a criança já deveria chegar com ela, não a inteira responsável por essa função que a princípio é única e exclusiva dos pais.
E se não existissem escolas? Criança não aprenderia em casa? 
Neste ano letivo que se inicia, renovemos nossos pensamentos, Deixemos de lado a viseira que cobre nosso rosto e iluminemos nosso coração e nossa mente para a realidade da educação dos nossos filhos.
Fiquemos atentos aos nossos pequenos que merecem todo respeito em sua trajetória de aprendizado, mas não nos esqueçamos que toda vez que ele volta da escola e percebemos algo novo construído em seu caderno ou em suas atitudes, há uma pessoa muito especial por trás que merece todo nosso olhar de respeito e atenção: O professor!
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