Nós temos uma caixa cheia de histórias… e elas são demais!

Desde que D.Maricotinha começou a ver seus desenhos, peguei carona na aventura e passei a apreciá-los também. Lá estava a Senhorinha, ainda sem andar, em seu carrinho, com os olhinhos fixos e sorriso feliz.

Moramos em apartamento, e a “vantagem”, é que geralmente os cômodos são bem visíveis e próximos um do outro. Se estamos na cozinha vemos os quartos, na sala enxergamos a cozinha. Quando eu precisava preparar as refeições diárias, não podia me dar ao luxo de sonhar junto com ela, então dessa forma, entre um preparo e outro, bisbilhotava minha pequena.

Maria com seus olhinhos me fitando por trás da tela do carrinho

Muitas vezes sua cabecinha estava virada para trás me procurando, olhando pela tela do carrinho. Não me esqueço desses episódios que provocavam risos na gente.

Eu, acompanhando Maria em suas descobertas dos desenhos, “selecionava” os meus. Não me contentava só em ver. Queria cantar e dançar as músicas que acho mágicas – cantar é meu paraíso. Além de tudo, a intenção era fazer graça pra ela.

Mãe é assim. Um pouco criança e um pouco artista.

Não deixo de enfatizar as brincadeiras de rua. Julgo importantíssimas para o bom desenvolvimento infantil e minha Senhorinha não troca brincar por ver tv, mas para mim, o desenho animado tem seu valor na história da criança e faz parte de forma criativa, alegre e divertida desse universo lúdico, assim como fez do meu. 

Para cada fase um desenho. Quando bebê, Jay Jay o Jatinho, marcava suas manhãs com inocência e alegria. Mais tarde veio a Pink Dynk Doo e uma caixa cheia de histórias, Caill, Madelaine, Historinhas de Dragões e os atuais Backyardgans, Peixonauta, Robi o Robô, Jelly Jamm, Bananas de Pijamas, Dora a Aventureira, Padrinhos Mágicos, Super Why e tantos outros que prendem a atenção de D.Maricotinha, que educam, alegram e fazem sonhar sua cabecinha imaginativa. 

Mas em minha caixinha de desenhos preferidos, guardo com muito carinho, um que dediquei um post só para ele no aqui no blog. “Charlie e Lola”. Dois irmãos, amigos, cúmplices. Charlie com 7 anos e Lola com 4, dividem sonhos e brincadeiras. Ele com sua atenção e amizade, cuida delicadamente da Lola e entende suas meninices, seus medos e suas fantasias. E juntos, em cada episódio, entram no mundo da imaginação criado pela garotinha.

A série que é baseada nos livros infantis da autora inglesa Laurem Childe, ensina muito para pequenos e grandinhos: a sonhar, a compreender e admirar a amizade entre dois irmãos que vivem a cada dia, dilemas comuns da vida de uma criança.

Hoje os perdi em meio a tantos desenhos recentes. Mas sei que eles estão por aí e vou encontrá-los. Porém, a pureza dos dois ficou bem guardada em minha memória, assim também a introdução aos episódios, que me enchia de emoção cada vez que assistia.

Cada desenho de minha Senhorinha em suas diversas fases, é um tantinho de aventura, aprendizado e alegria, pra mim e pra ela, que passam por aqui e enchem nossas vidas de sonhos.

Sim, nós temos uma caixa cheia de histórias… e elas são demais!

(Trecho da Música do desenho Pink Dynk Doo)