Mudou tudo. Mudou a rotina da casa, mudou a sensibilidade da gente, mudou a força que se torna gigantesca.
E essa mudança já aconteceu desde que descobri grávida de Maria. Saí tonta de felicidade rua afora. Pisando em plumas, rindo atoa e sem saber o que teria que fazer daí pra frente e o que viria.
Foram meses maravilhosos, com o barrigão crescendo lindo. Sem dores, sem cansaços, sem mais problemas. Tive uma gestação super tranquila, com um futuro pai muito cooperativo e atencioso do lado. Assim até hoje.
Maria nasceu. Levamos aquele serzinho indefeso pra casa. Era preciso aprender tudo sobre ele. E aprendemos sozinhos. Sem críticas ou pitacos indesejáveis. Não tínhamos parentes por perto. Ao mesmo tempo que vez ou outra nos fazia falta uma ajuda, também nos víamos libertos de outras apreensões. Não tivemos dificuldades. Papai super cuidadoso participava e participa de tudo.

O primeiro banho na pequena e
o primeiro passeio no shopping

Mas a casa já não era a mesma. Brinquedos espalhados, choros daqui e dali, comidinhas diferentes. As saídas sozinhos acabaram. Como não tínhamos ninguém com quem deixá-la, nosso namoro era a três. E não mudou. 
Escolhi ficar em casa para poder dar a Maria a educação que sonhei. Apesar de muitas vezes ter tido a vontade de voltar ao mercado de trabalho, me aquieto por acreditar que fiz a melhor escolha.

A rotina muda. Fazemos tudo pensando nela. Podemos levá-la? Então vamos. Se não podemos ficamos em casa. Não reclamamos. É certo que gostaríamos de ter alguém com quem tivéssemos liberdade plena, chatos como nós na segurança, cuidadosos como a gente na alimentação, ou pelo menos que se preocupasse com isso para Maria. Mas não temos e assim vamos levando com nosso jeito e com nossa pequena sempre com a gente.
É muito aprendizado toda hora. A gente cresce, amadurece e ao mesmo tempo fica mais sensível. Hoje entendemos as dores de outros pais com um filho doente, hoje morremos de dó quando vemos um filho sofrendo intolerâncias exageradas dos pais, hoje sabemos muito bem que a educação em casa e a escola, são muito importantes para o bom desenvolvimento da criança.
Com tudo isso, hoje somos mais fortes. Eu sou mais forte. Sinto-me uma heroína a cada vez que ela me chama de Mãe. Forte para tomar decisões referentes a ela. Importante a cada vez que a educo na hora  certa com uma palavra de conforto ou ensinamento. Extremamente grande quando de repente ela solta um: Eu te amo mamãe! 
Sim, mudou muita coisa em minha vida depois da maternidade. Nem tudo são flores, nem toda hora acertamos como gostaríamos, mas não trocaria essa vida maravilhosa de ser mãe por nada nesse mundo. Agradeço a Deus por toda mudança em minha vida. E com toda certeza sou muito mais completa com toda “bagunça” na rotina depois que ganhei uma Maria.
Maria e eu no dia das Mães..
Que orgulho em ser mãe

E o que não canso de repetir, sou uma mulher feliz e divinamente realizada por ter tido a oportunidade sagrada de ser mãe, uma mulher bem mais forte hoje em dia, com seus erros e acertos a toda hora, mas que simplesmente ama muito. Sou mãe!!!

Esse texto faz parte da Blogagem Coletiva “O que mudou em minha vida depois da maternidade”
Uma iniciativa Mamães em Rede