Estava pensando cá com “meus botões” como era minha alimentação e como mudou pra melhor de alguns bons anos pra cá. E a trajetória foi essa: solteira/inicio de casamento/Maria/crescimento Maria.
Não digo que não me alimentava bem, pois cresci em casa com quintal onde podia usufruir de frutas, legumes e verduras. Era pé de goiaba, manga, mamão, figo, cana, tomate, hortaliças, enfim, tudo que precisamos pra ingerir uma boa comida. E eu consumia tudo!
Só que junto a essa riqueza toda, vinham os industrializados e outras tranqueiras, diga-se de passagem, “saborosas” que disputavam espaço com a alimentação natural.
Na infância, tempos atrás, nós e nossos pais não tínhamos muita consciência do mal que faziam os refrigerantes, os biscoitos recheados com seus açucares e gorduras hidrogenadas, os temperos em pó, os nitratos e nitritos ingeridos nas carnes mais apetitosas, as “margarinas da vida”.
A gente cresce, chega a fase da adolescência/juventude e mesmo adultos continuamos sem tanta cobrança interna. Até que casamos e achamos uma pessoa que compartilha dos mesmos pensamentos e juntos vamos refinando a alimentação.
Mas adora raspar a de feijão também
Mais tarde vem os filhos, e a necessidade de mudança fica mais forte. As exigências vão tomando um rumo mais consciente na vida da gente! Isso é regra? Não! Tudo pode se dar de forma diferente.
Mas aqui em casa foi assim. Cada etapa de nossas vidas, fomos deixando de lado alguma coisa que julgávamos ser menos importante ou mais prejudicial à saúde. As mudanças sempre foram compartilhadas, o que facilita uma reeducação.
Com Maria a responsabilidade cresceu. Não queríamos que ela levasse em sua bagagem alimentar, algo muito artificial que não fosse interessante pro seu desenvolvimento.
Sempre fizemos questão de almoçar à mesa, deixando à mostra toda variedade de legumes e verduras para que ela pudesse ter aos olhos o que consumia e ter prazer em comer vendo a mesa colorida.
Não é novidade e já contei aqui, que levava sempre seu suco na bolsa para as festas de aniversário. Hoje Maria não conhece refrigerante.
E muita coisa foi refinando.
Maricota cresceu assim: se alimentando de frutas, verduras, legumes, sem muitos industrializados desnecessários à sua alimentação que vamos retirando sempre que podemos fazer a troca pela alimentação caseira.
Hoje leio rótulos dos produtos pra me aproximar ao máximo de uma comida que não vá nos prejudicar tanto no futuro. Maria também aprendeu a ler.
Na padaria sempre que posso procuro os melhores ingredientes das guloseimas que gostamos, porque sei que algumas coisas já não se encaixam na nossa alimentação.
Radicalismo? Não, conscientização! Fazemos isso de forma super tranquila.
Quando esqueço ou não consigo trazer algo pro lanche da Maria, invento alguma coisa que sei que Maria irá comer, evitando assim que ela consuma produtos da escola.
Não é novidade também sempre dizer que não há perfeição aqui em casa. Mesmo porque com a sociedade que impõe e “sugere” uma alimentação tão deturpada, nossos filhos não escapam de tudo, nem nós mesmos.
E claro pra dizer que não somos perfeitos em tudo, temos nossas regras quebradas, aqui em casa, na rua e na casa de alguém.
Nós também comemos comida de lanchonete quando dá vontade de algo diferente, tomamos sorvetes, açaí com tranqueiras, sanduíches, pizzas, guloseimas em festas de aniversário, aquele chocolate ao leite tão desejado pela Maricota.
Sim, não há perfeição, mas há equilíbrio. Há exigências, trocas, muita conversa e conscientização. Quando vemos que estamos extrapolando, damos uma freada. Uma vida mais colorida, com diversidade de alimentos, é com certeza uma vida mais saudável, por mais que gostemos de dar aquela escapada vez ou outra.
As exceções são boas pedidas para sair da rotina com alegria e não com peso, mas exceção não pode virar regra. Regra é a boa alimentação.
E como é a alimentação de Maria hoje com toda essa caminhada? Ela come uma variedade enorme de legumes, verduras e frutas. Gosta de tudo? Não! E nem nós gostamos de tudo não é mesmo? Mas se alimenta de uma forma que posso dizer orgulhosa: Muito bem!
Fico muito feliz e tranquila por saber que todo o esforço tem valido a pena.
Sempre digo que hoje com a boa alimentação e nossas exceções às regras, creio que aos 11 anos, mesmo sem perfeição, Maricota se alimenta devidamente. Amanhã, adolescente, jovem, adulta, ela mesma irá escolher o que comer. Assim é com todos.
O que irá mudar, o que ela vai tirar ou acrescentar só o tempo dirá, mas o que torço mesmo, é para que a sementinha da boa alimentação dê frutos e garanta que Maria leve essa consciência como base para uma vida sempre saudável, equilibrada e feliz . 🙂
Por Teresinha Nolasco – Mamãe da Maria
chica
jul 04, 2018 @ 14:00:17
Que lindas as fotos mostrando as fases tuas e da Maria.Muito legal! E claro, tentamos sempre melhorar… Agorinha mesmo acabei de preparar brigadeiro de colher colocado nos potinhos das bonecas pra marina que daqui a pouco vem para ficar uns dias aqui .Ela está sempre por aqui e come de tudo. Procuramos cuidar o melhor possível da alimentação nossa e dela e do Neno. Mas abrimos espaço às “porcarias” de vez em quando,rs… Ninguém é de ferro… Adorei te ler! bjs, chica
Teresinha Nolasco
jul 04, 2018 @ 16:20:50
Chica, mas a intenção é essa mesmo. Equilibrio. Qual criança não gosta de brigadeiro e ainda mais pra brincar com as bonecas. Gostamos disso tudo. Mas o equilibrio é muito importante em meio às exceções.
E que delicia a netinha perto. Aproveita bastante. Casa da vovó é tudo de bom…
Obrigada querida. Beijos
Cris
jul 05, 2018 @ 18:37:28
Ameiii… acompanhar cada fase da Maria… e como as mudanças foram acontecendo gradativamente…
Amiga eu aprendo muito com você com nossas conversas e trocas.
Sei bem que o caminho para uma alimentação saudável é longo… pois as trocas são diárias.
Mas, tenho mudado muito, muitas coisas que antes era habitual viraram exceção… meu menino tem uma dificuldade imensa de experimentar novos sabores e apesar de ser exemplo o caminho aqui é mais difícil, mas, persisto viu… e ainda terei meu menino assim como a Maria.
bjs, Cris
Teresinha Nolasco
jul 06, 2018 @ 11:49:28
Amiga, sou muito orgulhosa de você, o mais importante você faz, é dar o exemplo. Aqui também não é perfeito amiga, mas o que sei é que nunca podemos parar de tentar e tenho certeza que Joseph já está vendo seu exemplo.
Persista sempre… Um beijo e obrigada
Renata
jul 06, 2018 @ 17:16:20
Oi amiga querida!
Uma força você me tem sido, saiba que sou muito grata.
Pois aqui assumi esta responsabilidade com a alimentação da Laura desde sempre. E assim feito você com Maria, vejo também os benefícios para todos.
A minha alimentação já não era ruim, desde os 15 para 16 anos de idade, quando tive tuberculose. O tratamento foi de 6 meses. Medicamentos pesados e muitos por dia. Cápsulas grandes, vermelhas, me lembro como se fosse hoje. Tive que reaprender alimentar, a fim de proteger o estômago contra os possíveis efeitos dos fortes antibióticos. Suco de couve, beterraba, cenoura, bife de fígado e outros tantos alimentos com os quais nunca tinha tido contato, aprendi a ter. E foi bom, aprendi a comer de tudo. Hoje, só não tolero (não dou conta mesmo de comer) é a abóbora moranga. No mais, tiro de letra! Nem sempre por prazer de comer, mas em tudo disciplinada e sem esforços. Tranquilo mesmo.
Assim fica fácil para a Laura, pois o exemplo é que faz mesmo a diferença. E a corrente segue, influenciando minha mãe e meus irmãos. Meu pai já tinha também uma alimentação à base de frutas, legumes e verduras. Amava frutas e vitaminas de frutas. Só “pecava” um pouco nas carnes que, por vezes, gostava um pouco de gordura. Mas, era pouco. E compensava muito com frutas e hortaliças. Já a Laura não gosta de carnes. Nem peixe, que eu gosto bastante, ela não é muito fã. Não sei se mais pela carne ou pelo peixe, o bichinho.
Enfim, fazemos a nossa parte e confiamos que mais tarde seja sim também a escolha delas no futuro, permanecer saudável.
Beijo para você e Maria.
Ontem fez um mês sem o nosso amado pai…
Mas, continuamos seguindo com fé, amor, gratidão, saudade… tudo para amenizar a dor.
Mais beijo!
Renata e Laura